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sábado, 26 de dezembro de 2015

Kabila - O caçador e pastor

Nkissi Kabila

Kabila é o Nkissi caçador pastor. O que cuida dos rebanhos da floresta, cultuado no Brasil em candomblés de Nação Angola, e tem semelhança com o Orixá Oxóssi do Candomblé Ketu.
Kabila é um dos jinkissi nkongo, ou seja, espirito caçador e junto com ele trabalha os jinkissi Nkossi e Katendê. Seu nome significa "pastor" pois, Kabila é um nkissi do pastoreio e é aclamado pelos bantos como o senhor dos pastos. Desde gados, fazendas, sítios, campos, pastagens e vegetações rasteiras pertencem à Kabila e à ele é atribuído o arco e flecha, símbolo de caça usado por todos os caçadores na África, e também um objeto de pastoreio, uma espécie de vareta usada em pastagens para controlar os gados e animais de porte grande.
Os povos bantos na região da Angola e do Congo tem um certo carinho pelas divindades caçadoras, tanto que a região central recebeu o nome de Nkongo, onde hoje é a República do Congo. A palavra Congo vem de Nkongo que significa "caçador". Esta região recebeu esse nome devido o fato das aglomerações de cultos feitos aos jinkissi caçadores, esse culto é globalizado e chamado de Ngunzu que são as divindades pertencentes do culto aos caçadores, pastores, pescadores, agricultores, horteleiros e semeiadores. Como Mutalambo ou Mutakalambo, Kabila, Gongobila, Terekompensu, Baranguange, Nangê e etc. Entre os vários Jingunzu (Ngunzu no plural), Kabila era titulado aquele que cuidava dos pastos e campos de pastagens. Quando Mutaburungunzu, o mais velho, deixou o cargo de pastor, deu à Kabila todos os direitos e deveres de um caçador pastor, então, se fazia agrados à esse nkissi com carnes de gados como boi, cabrito, ovelha, aves e porcos. O sacramento do sacrifício pertence á Kabila, pois, ele era aquele que tinha o poder sobre animais de pastagens e fazendas, e como em todos os rituais são feitos sacrifícios de animais, usando mais as galinhas, pombos e cabritos, então se é necessário ter a permissão do nkissi Kabila para que se possa fazer o sacrificio com exaltidão sem que Kabila ou o nkissi para o qual se está dando o sacrifício não se inquizile. 
O papel de Kabila mostra o quão necessário é se manter o alimento, dando uma outra visão de caça, não aquela que se busca e se mata na hora para o alimento, mas, aquele que se mantém e guarda para que quando necessário, se terá o alimento, cuidado e bem protegido, sem a necessidade de buscar o alimento como fazem os caçadores e os pescadores. Então, assim como os agricultores e semeiadores, os pastores cumprem o papel de reservar o alimento para que se possa te-lo depois, então para isso é preciso cuidado, zelo e atenção aos gados, para que eles possam ser utilizados depois para servir como alimento, seus couros usados como tambores e roupas e seus chifres usados nas roupas e assentamentos das divindades caçadoras. Á Kabila pertence os couros dos tambores, assim como na nação Ketu e nação Jeje os tambores pertencem aos caçadores, consequentemente Orixá Oxóssi de Ketu e Vódun Otolú de Jeje. Quando se criou o primeiro tambor, Kabila utilizou de um tronco oco de tamanho extenso com um grande burado na boca, nesse buraco colocou o couro do bisão e com aquele tambor saiu pelos campos e matas tocando e batendo sem parar. Dali, várias culturas bantos aderiram os tambores em seus cultos, vendo como a música é harmônica e mexe com o corpo, alegrando suas tribos e povos nos meios de seus cultos.
No culto ao pasto, é necessário fazer-se sacrifícios á Kabila para que se haja fartura, prosperidade e bonanças no ramo. Suas cores é o verde-claro com branco lembrando as gramas e matos de pastos. Carrega um arco e flecha e uma espécie de vara usada por pastores na África, tipo um cedro. Nas cinturas, os chifres de touros junto á cabaças, lembrando seu envolvimento com Katendê, o nkissi das folhas, também lembrando o fato dos caçadores também serem feiticeiros. Sua comida favorita são carnes de gados como cabrito, carneiros e boi.


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