domingo, 27 de março de 2016

Mwani Panzu - O senhor das folhas



Nkissi Mwani Panzu


Nkisi Mwani Panzu, Muaniapanzu ou Muani Apanzu, é o Nkisi das folhas e de seus segredos. Mwani Panzu é o verdadeiro nkisi das folhas, enquanto Katendê é o protetor das florestas e dos animais. Muito se confunde pois, Mwani Panzu é um nkisi pouco conhecido e seus costumes se perderam com a diáspora negra e com o passar dos anos. Muitos sacerdotes por não conhecerem os fundamentos de Mwani Panzu, preferiram continuar cultuando somente Katendê que era mais fácil achar de seus fundamentos, então, com a confusão de etnias Iorubás, Fons e Bantus, Nkisi Mwani Panzu ficou desconhecido, sendo muitas vezes confundido até mesmo com orixás de cultos nagôs como Ossaíyn, e com vóduns de cultos dahomeanos como Agué.
O encanto de Mwani Panzu se encontra em cada folha existente na terra. É o pulmão do mundo, aquele que faz a fotossíntese nas plantas e a execução de suas propriedades. Mwani Panzu existe em cada planta, em cada encantamento rezado para suas propriedades em cada raíz plantada ou arrancada da terra. Exerce suas funções junto à Kavungo, Nkissi da terra, com Mutalambo, Nkissi da caça, Katendê, Nkissi protetor da floresta e com Nkongobila, Nkissi pescador. Sem Mwani Panzu não existe fundamentação à nkissi nenhum, pois, somente Mwani Panzu conhece as propriedades das folhas, e como se diz em costumes Iorubás, “ Sem folha não há orixá “, essa concepção também é levada na nação Angola e Kongo pelos bantus, “ Sem folha, não há nkisi “.
Um importante Nkissi das florestas, seu culto em Angola era feito em Luanda e Kioko, tribos vizinhas que se utilizavam dos bosques para seus respectivos cultos, por isso, tamanha necessidade de cultuar esse nkissi. Em terra do Kongo, onde os caçadores reinavam, Mwani Panzu passava essa função à Kabila, aquele que detinha o conhecimento dos pastos pois, os minkissi respeitavam muito as terras vizinhas, e como Mwani Panzu era um nkissi de culto em Luanda, passou a exercer essas funções através de Kabila ou Katendê em outras terras. Por isso a confusão que se dá em cultos sobre este.
Mwani Panzu se encontra em cada reza feita e a cada ato de colher ou plantar uma erva ou semente. Kavungo o determina necessário para a existência da terra, e por isso, é de obrigação pessoas iniciadas de Kavungo terem um Mwani Panzu ou Katendê em seus assentamentos. Pedimos à Mwani Panzu a proteção quando precisamos de remédios e da cura, pois, é ele o alquimista e botânico dos minkissi.


Sem Mwani Panzu, não há cura!




Katendê - O protetor das florestas

Nkissi Katendê

Katende (Ka = pequeno - Tende = lagarto - Pequeno Lagarto)...
Essa Divindade se assemelha em alguns aspectos com o Orisá Ossayn da cultura Nagô Yorubá, apesar dessa comparação ser equivocada!
Essa comparação surgiu aqui no Brasil e é feita por nossos próprios adeptos e por pessoas de outras culturas religiosas!
Os cultos de origem Bantu, sempre tiveram o costume e a tradição de serem muito fechados, sendo assim, a falta de conhecimento fez com que essa Divindade fosse tida como o senhor das folhas sagradas e comparada ao Orisá Ossayn dos Yorubá.
A Divindade responsalvel pelas folhas, plantas e ervas sagradas, pela manipulação e segredos das mesmas é o Mukixi Manipanzu ou Muanipanzu de origem angolana, porém como disse acima, nosso culto é fechado e o culto a essa Divindade é restrito!
O Nkisi Katende é o protetor dos animais das florestas, principalmente os de pequeno porte e também os répteis.
Essa Divindade dos povos Bantu, tem grande importância para a fauna do planeta e também na proteção e manutenção dos animais selvagens das florestas.
Divindade do retiro, vive isolada de tudo e todos, bem no interior das matas e florestas, também é conhecido como a Divindade protetora dos jacarés.
Possui o poder absoluto sobre os repteis e aninais selvagens de pequeno porte das florestas, com isso, estabelece-se a germinação das mesmas!

Esse Nkisi atua nos caminhos da saúde física e mental do ser humano.
Katendê é o sinônimo de ecologia. Auxilia Mutalambo e demais minkisi caçadores a proteger e cuidar da floresta. Katendê é o aprendiz de Muani Panzu, então conhece um pouco sobre a botânica e suas especialidades mas, não é o Nkissi das folhas, e sim, o Nkissi que protege a floresta e os animais e suas folhas.

Kiuá Nganga Katende!!


Telekompensu - O grande pescador

Nkissi Telekompensu

Nkissi Telekompensu, Tereku-Npensu, Teleko-Npensu ou Terekompensu é o Nkissi pescador.
Na busca incessante de conhecimento, encontrei fontes seguras e antigas sobre este peculiar Nkisi Telekompensu (BANTU).
A cada passo, a cada momento diante do filho incorporado, ainda ndumbi (não-iniciado) percebia que ele não se designava às características de Logun Edè (Yorubá/Jêje/Nagô), o que nos levou a busca de informações e conhecimento sobre esta energia.
Telekompensu, Nkisi de energia das águas, da pesca, mas, isso não o faz filho de Nkongobila e tão pouco Ndandalunda, assim como é procedido com Logun-Edé.
Telekompensu é um Nkissi pescador que raramente caça, considerado filho de Kissimbe com Nkongobila, porém nao se há vertentes desse fato, o que faz muitas vezes, alguns acreditarem que se trata de Nkissi que surgiu do hálito de Nzambi. Tem estreitas ligações com os Minkissi caçadores, pescadores como Mutakalambo, Kabila, Nkongobila e todos os Bangunzu e com as Minkissi ninfas, como Kissimbe, Mikaia, Ndandalunda e Kokueto. É necessário dar á Telekompensu o que se tem de melhor, pois, é um Nkissi exigente que provém a fartura dos caçadores e a prosperidade. 
Esclarecendo que, nenhum dos Jinkisi do Panteão Bantu correspondem aos Orixás (Yorubá). Seus cultos devem ser diferenciados de acordo com suas origens, forças e energias e seus fundamentos em especial.
Telekompensu foi um Nkisi que não foi trazido para o Brasil como os demais, por isso seu culto é raríssimo e muitas vezes confundido e seus fundamentos substituídos pelos fundamentos de Logun (erroneamente).
Sua ligação com Ndandalunda, Nkongobila e Kaiá, geralmente se dá pela concessão e utilização das águas doces e salgadas para sua pesca, pois se trata de uma energia de Nkisi Pescador e com Nkongobila pela caça aos alimentos naturais das águas e geralmente estas se localizam em regiões de matas, florestas e campos verdes, mas cada um sendo um Nkisi único, dado que, Nkongobila é a energia de caça e pesca, se aproximando muito mais a Telekompensu do que Logun Edè ou Mutakalambô, mesmo assim não devemos dizer que são as mesmas energias, caminhos ou qualidades.
Os fundamentos deste Nkisi são muito diferenciados dos fundamentos de Logun Edè e até mesmo Nkongobila.
É um Nkisi ligado a água sem nenhum sincretismo ou ligação com outros Jinkisi ou Orixás.
Diante de todas estas informações, de nada adianta dizermos que uma pessoa é filha de Telekompensu, se utilizarmos fundamentos para Logun ou Nkongobila, desta maneira estaremos direcionando a energia ao culto destes Nkisi/Orixás.
É preciso sabedoria para distinguir estas energias, por se tratarem de energias muito próximas e a falta de informação e conhecimento geralmente remete a estes equívocos.


Nkongobila - O pescador e caçador

Nkissi Nkongobila

Gongobira, Gongobila ou Nkongobila é o  Nkisi da riqueza e da fartura, diz as histórias que Gongobila seria filho de Kissimbe com Lembá, alguns dizem que seria Mutakalambo seu pai verdadeiro. Deus da caça e da água. É sem dúvida um dos mais bonitos Minkisi do Candomblé Angola, já que a beleza é uma das principais características dos seus pais.
Caçador habilidoso e príncipe soberbo, Gongobila reúne os domínios de Mutakalambô e Dandalunda e quase tudo que se sabe a seu respeito gira em torno de sua paternidade.
Apesar de sua história, é preciso esclarecer que Gongobila não muda de sexo a cada seis meses, como muitos falam, isso seria um mito, ele é um Nkisi do sexo masculino. Sua dualidade se dá em nível comportamental, em determinadas ocasiões pode ser doce e benevolente como Dandalunda e em outras, sério e solitário como Mutakalambô, Gongobila é um Nkisi de contradições, nele os opostos se alternam, ele é o deus da surpresa e do inesperado.


Na África negra dizem que Gongobila seria na verdade um guerreiro caçador, o maior entre todos os caçadores, pai de todos eles. E se observarmos as cantigas de Mutakalambô, veremos a expressão que tem um grande caçador junto com seu filho, ou seja Gongobila o filho do caçador, é constante poder inferir certa lógica nas histórias contadas pelos africanos.
A história revela que Mutakalambô feliz pelo filho vindouro, declarou a Dandalunda o seu amor e pediu a ela a posse do menino, Mutakalambô: por amor a você quero que Gongobila fique comigo, vou ensiná-lo a caçar, comigo ele vai aprender todos os segredos da floresta. Mas Dandalunda também amava Gongobila e por maior que fosse seu amor por Mutakalambô ela não poderia separar do seu filho então declarou:
Gongobila viverá seis meses com sua mãe e seis meses com o seu pai, comerá do peixe e da caça, ele será caçador e será pescador, mas sem deixar de ser ele mesmo.

Gongobila um príncipe na floresta e um caçador sobre as águas.


É um Nkissi que reina tanto sobre em terra quanto em água. Seu nome pode significar tanto " Caçador dos pastos e rios" ou " Caçador e pescador". Nkongobila tem também influência sobre os pastos onde junto à Kabila pode ser classificado como um pastor. O senhor que caça pesca, pastoreia e ainda guerreia. Nkissi muito próspero que vive tanto em matas e águas.


sábado, 26 de dezembro de 2015

Kabila - O caçador e pastor

Nkissi Kabila

Kabila é o Nkissi caçador pastor. O que cuida dos rebanhos da floresta, cultuado no Brasil em candomblés de Nação Angola, e tem semelhança com o Orixá Oxóssi do Candomblé Ketu.
Kabila é um dos jinkissi nkongo, ou seja, espirito caçador e junto com ele trabalha os jinkissi Nkossi e Katendê. Seu nome significa "pastor" pois, Kabila é um nkissi do pastoreio e é aclamado pelos bantos como o senhor dos pastos. Desde gados, fazendas, sítios, campos, pastagens e vegetações rasteiras pertencem à Kabila e à ele é atribuído o arco e flecha, símbolo de caça usado por todos os caçadores na África, e também um objeto de pastoreio, uma espécie de vareta usada em pastagens para controlar os gados e animais de porte grande.
Os povos bantos na região da Angola e do Congo tem um certo carinho pelas divindades caçadoras, tanto que a região central recebeu o nome de Nkongo, onde hoje é a República do Congo. A palavra Congo vem de Nkongo que significa "caçador". Esta região recebeu esse nome devido o fato das aglomerações de cultos feitos aos jinkissi caçadores, esse culto é globalizado e chamado de Ngunzu que são as divindades pertencentes do culto aos caçadores, pastores, pescadores, agricultores, horteleiros e semeiadores. Como Mutalambo ou Mutakalambo, Kabila, Gongobila, Terekompensu, Baranguange, Nangê e etc. Entre os vários Jingunzu (Ngunzu no plural), Kabila era titulado aquele que cuidava dos pastos e campos de pastagens. Quando Mutaburungunzu, o mais velho, deixou o cargo de pastor, deu à Kabila todos os direitos e deveres de um caçador pastor, então, se fazia agrados à esse nkissi com carnes de gados como boi, cabrito, ovelha, aves e porcos. O sacramento do sacrifício pertence á Kabila, pois, ele era aquele que tinha o poder sobre animais de pastagens e fazendas, e como em todos os rituais são feitos sacrifícios de animais, usando mais as galinhas, pombos e cabritos, então se é necessário ter a permissão do nkissi Kabila para que se possa fazer o sacrificio com exaltidão sem que Kabila ou o nkissi para o qual se está dando o sacrifício não se inquizile. 
O papel de Kabila mostra o quão necessário é se manter o alimento, dando uma outra visão de caça, não aquela que se busca e se mata na hora para o alimento, mas, aquele que se mantém e guarda para que quando necessário, se terá o alimento, cuidado e bem protegido, sem a necessidade de buscar o alimento como fazem os caçadores e os pescadores. Então, assim como os agricultores e semeiadores, os pastores cumprem o papel de reservar o alimento para que se possa te-lo depois, então para isso é preciso cuidado, zelo e atenção aos gados, para que eles possam ser utilizados depois para servir como alimento, seus couros usados como tambores e roupas e seus chifres usados nas roupas e assentamentos das divindades caçadoras. Á Kabila pertence os couros dos tambores, assim como na nação Ketu e nação Jeje os tambores pertencem aos caçadores, consequentemente Orixá Oxóssi de Ketu e Vódun Otolú de Jeje. Quando se criou o primeiro tambor, Kabila utilizou de um tronco oco de tamanho extenso com um grande burado na boca, nesse buraco colocou o couro do bisão e com aquele tambor saiu pelos campos e matas tocando e batendo sem parar. Dali, várias culturas bantos aderiram os tambores em seus cultos, vendo como a música é harmônica e mexe com o corpo, alegrando suas tribos e povos nos meios de seus cultos.
No culto ao pasto, é necessário fazer-se sacrifícios á Kabila para que se haja fartura, prosperidade e bonanças no ramo. Suas cores é o verde-claro com branco lembrando as gramas e matos de pastos. Carrega um arco e flecha e uma espécie de vara usada por pastores na África, tipo um cedro. Nas cinturas, os chifres de touros junto á cabaças, lembrando seu envolvimento com Katendê, o nkissi das folhas, também lembrando o fato dos caçadores também serem feiticeiros. Sua comida favorita são carnes de gados como cabrito, carneiros e boi.


Mutalambo - O pai dos caçadores

Nkissi Mutalambo

Mutalambo, Mutak' lombo ou Muta são nomes que revelam a Natureza do caçador e a face divina de Nzambi, como provedor. Mutakalambô é o deus caçador, senhor da floresta e de todos os seres que nela habitam, Nkisi da fartura e da riqueza. A Mutakalambô conferido o título, Rei de toda a Floresta,  o senhor de tudo que nela existe, o dono do Ixí (Terra), Na África cabia ao caçador descobrir o local ideal para instalar uma aldeia, tornando-se assim o primeiro ocupante do lugar, com autoridade sobre os futuros habitantes. É chamado de senhor da humanidade, que garante a fartura para os seus descendentes. Na história da humanidade, Mutakalambô cumpre um papel civilizador importante na condição de caçador representa as formas mais arcaicas de sobrevivência humana, a própria busca incessante do homem por mecanismos que lhe possibilitem se sobressair no espaço da Natureza e impor a sua marca no Mundo desconhecido. A caça são formas primitivas de busca de alimento, são os domínios de Mutakalambô, Nkisi que representa aquilo que há de mais antigo na existência humana, a luta pela sobrevivência. Mutakalambô é o Nkisi da fartura e da alimentação, aquele que aprende a dominar os perigos da mata e vai em busca da caça para alimentar a tribo. Mais do que isso, representa o domínio da cultura, sua flecha é como utensílio cultural, visto que adquire significados sociais, mágicos, religiosos sobre a Natureza. astúcia, inteligência e cautela são os atributos, pois como revela a sua história, esse caçador possui uma única flecha, por tanto, não pode errar a presa, e jamais erra. É o melhor naquilo que faz, está permanentemente em busca da perfeição, essa divindade é responsável pela manutenção da tribo e ainda tem a função de manter a vigilância noturna nas aldeias garantindo-lhes a segurança. Está ligado a abundância de alimentos no Nzo, proporcionando a fartura, a alimentação, a bem-aventurança financeira do Mona Nkisi e da clientela. Filho de Mikaia e Lembá,irmão de Njila e Nkossi pai de Terekompensu e esposo de Ndandalunda é o deus da caça e vive nas florestas, onde moram os espíritos dos antepassados. É considerado o pai da ciência e de tudo que envolve descobrir e progredir. Tem a virtude de dominar os espíritos da floresta. Na África era a principal divindade, onde era conhecido pelo nome de um valente caçador de grandes animais. Conduziu sje eu povo a guerra e os ensinou a arte de guerrear, permanecendo até hoje como um grande caçador. Ocupa um lugar de destaque nos Candomblés em Salvador e no Rio de Janeiro, hoje em todo Brasi. Mutakalambô é o único Nkisi que entra na mata da morte, joga sobre si um pó sagrado, avermelhado, que passou a ser um de seus dotes. Este pó o torna imune à morte e aos Nvumbes. Sendo ele um Rei, carrega um espanta moscas que só era usado pelos Reis Africanos, pendurado no saiote. 
Suas cores podem ser o verde-escuro com vermelho ou o azul-turquesa e seus fios é o verde-escuro podendo intercalar com o vermelho ou não, isso depedende de Nzo para Nzo.


terça-feira, 24 de novembro de 2015

Xauê - O patrono dos guerreiros

Nkissi Xauê

Nkisi Xauê ou Nxae é a divindade patrona dos Jinkissi guerreiros. Divindade cultuada na Angola no leste de Loanda e no sul de Mukongo. Xauê é velho e grosseiro, tido para muitos o verdadeiro Nkissi da guerra e das contendas, sua força emana embates e lutas das quais matam povos e muito sangue é derramado. Esse Nkissi foi deixado um pouco de lado depois da diáspora negra devido muitos dos seus adeptos terem sido mortos e escravizados, e muitos sacerdotes desse Nkissi eram velhos que para o senhores de terras não faria serventia alguma, então foram mortos ou espancados até a morte.
Xauê é muito agressivo, então muitos pais e mães de santos da nação Angola preferem não iniciar ninguém para este Nkissi, fazendo no lugar um Nkissi mais próximo e um pouco mais benevolente, este sendo Nkossi ou Mavambo, assim, durante os anos, muitos foram perdendo a verdadeira forma de culto deste Nkissi por medo de sua fúria e destruição vasta, e substituindo as pessoas desse Nkissi por Nkossi, fato que Nkossi ficou mais conhecido do que Xauê, o qual poucos escutam falar. Mas, ainda é possível encontrar rezas e zuelas (cantigas de louvação) à essa divindade, e muitos ainda iniciam este Nkissi na cabeça de pessoas, tendo o conhecimento ainda arcaico dessa divindade para de haver ainda um culto à ele.
Na mitologia Bantu, Xauê é o grande patrono dos guerreiros pai de Nkossi e Nangê que foi casado com Mikaia e mais tarde com Nzumbá tendo um filho com ela chamado de Katú. Sua personalidade arredia e agressiva lhe valeu o apelido de valentão, e muitos temiam a força de Xauê por sua brutalidade e braveza, então Xauê era muito solitário por ser muito esquentado, assim ninguém beirava e ninguém ousava desafiar Xauê. Certo dia foi desafiado por Karamose, a Nkissi do poder feminino e da guerra, Xauê ficou irritado e ousou desafiar Karamose para o embate, diferente do que muita gente pensam, Xauê perderia o combate, vencendo somente com o auxílio de Nkossi, onde se tornou excepcionalmente o senhor da guerra. Há uma certa semelhança com a lenda yorubá do embate de Ogún com Obá, onde Ogún venceu de Obá com a ajuda de Exú, mas neste caso, venceu com a ajuda do próprio parceiro de campo chamado de Nkossi sem o envolvimento de Njila que seria o Exú para os bantus.
A cor de Xauê é vermelho lembrando o fato de se banhar de sangue, e suas vestimentas também são o vermelho com o verde-escuro ou azul-marinho, usa duas espadas e carrega uma lança nas costas, quando manifestado se comporta de forma agressiva e não pode ser a nenhum momento questionado ou tocado de forma agressiva ou desrespeitosa, caso isso ocorra, este Nkissi se inquizila de imediato e a pessoa em prol é castiga com um acidente de trânsito ou atacado por armas de fogo ou branca, de forma que não fique vivo ou com fortes sequelas no corpo, Xauê não visa que castiga, este castigando até o próprio sacerdote ou sacerdotisa da pessoa na qual imcorpora.
Suas atribuições culinárias é com muito azeite de dendê e peincipalmente inhame, e só pode ser acalmado com mel.