"Talvez a mãe só quisesse protege-lo"
Essa frase é bastante dita quando uma mãe abandona seu filho. Muitos julgam uma mulher que abandona seu filho para talvez, viver sozinha, viver a vida adoidado ou porque não há condições de cuidar da criança. Como o caso de Nanã ter abandonado Obáluaiyê quando bebê e Iyámonjá ter criado-o como se fosse a mãe biológica dele ou no caso de Obá ter deixado Opará e Oxún ter criado Opará como uma filha de verdade. Muitos itans (lendas) contam que a mãe abandonou o filho mas poucos deles explicam verdadeiramente o por que, e dessa Iyá Mí não é diferente. Opáoká ou Iyá Nbanba para muitos, podendo ser chamada também de Iyá Odé em Ketú e Iyá-Mò em Irêman, é uma das Iyá Mí que simboliza a árvore. Seu culto é bastante difundido até hoje na cidade de Ketú onde hoje situa-se na Republica do Benim, e aos seus pés é cultuado até hoje também um Igbá-orisá de Oxóssi, o caçador e rei de Ketú. Na África, Opáoká é simbolizado por outra árvore que deu ínicio ás jaqueiras, onde hoje no Brasil é cultuada. Devemos citar que essa árvore cujo é feito o cuto dessa imolé só existe na África e não foi permitida pelo Ketú´s daquela época para traze-la para o Brasil. Porém, muitos dos povos de Ketú que vieram para o Brasil queriam continuar o culto dessa Iyágbá, e associaram uma árvore mais próxima dos cultos feitos à ela na África, de onde se originou o culto de Opáoká na árvore jaqueira. Pois o pé-de-jaca é descendente natural de sua verdadeira árvore que fica na África cujo o nome também é Opáoká mas popularmente chamada de Mogno-de-Guiné.
Opáoká é a verdadeira mãe de Oxóssi porém quem cuidou de Oxóssi foi Iyámonjá e Ogún. Isso ocorreu porque Opáoká se envolveu com Obátalá e com ele gerou um filho. De seu ventre, Oxóssi já se comunicava com sua mãe usando o cordão-umbilical . Opaoká tentou por meses esconder a barriga das outras Iyá Mí´s mas chegou uma época que era inevitável esconder, Oxóssi se mexia muito e falava muito dentro de seu ventre e sua barriga estava enorme. Opáoká fugiu e para se esconder de suas irmãs, se transformou numa árvore. Oxóssi foi gerado como uma fruta e dessa fruta fora rezada à Obárá-Mejí nos caminhos de Odí-Mejí, Oxóssi foi gerado, e no último dia da lua-cheia Oxóssi nasceu. Opaoká havia acabado de dar à luz a mais um orixá. Opaoká cuidou de Oxóssi por 6 anos escondida de suas irmãs e ensinou à ele exatamente tudo sobre magia, feitiçaria e bruxaria e lhe deu o nome de Oxotokanxoxô que na verdade significa (O Feiticeiro do coração mata) pois Oxowusí significa (O Caçador de uma flecha só ou O Caçador Popular) em Iorubá. Passado esses 6 anos, suas irmãs que haviam procurado ela desesperadas, certo dia encontrou e viu ao seu lado seu filho Oxóssi de mãos dadas. Opáoká foi amaldiçoada por suas irmãs, de que todos seus frutos progenitado por ela nasceriam podres, fedidos e caíriam no chão para rachar e terminar de morrer, e foi assim que Opáoká se tornou uma jaqueira, motivo pela qual não se deve comer jaca. Oxóssi foi largado por ela sem eira-nem-beira e sozinho por muitos dias, Oxóssi estava faminto e precisava se alimentar, matou então um tatú e o comeu por inteiro crú. Oxóssi estava com sede, pegou então uma cana-de-açucar e o bebeu por inteiro, até mesmo a raiz, onde se hembriagou e acabou de se desmaiar no chão da floresta. No dia seuinte, Ogún caçava com seu arpão por lá e encontrou o menino Oxóssi jogado no chão, fraco, doente e machucado. Então Ogún cuidou do menino e o levou para casa de sua mãe onde morava para mostra-la o menino e ver se não podera ajuda-lo. Iyámonjá adotou Oxóssi como filho e o criou por vários anos. Encarregou Ogún de proteger o menino e ensina-lo tudo que sabia para que nunca mais Oxóssi passasse por isso denovo. Iyámonjá sabia que Oxóssi era o filho perdido de Opáoká, então cuidou dele como se fosse a própria mãe. Até hoje Opáoká chora pelo filho que não pode mais criar, mas recebeu de Olodúmarê um presente. Poderia ver seu filho quando pudesse, tendo seu culto à seus pés no centro de Ketú, onde jamais Opáoká se desgrudaria de seu filho Oxóssi novamente.
Esse é um itan que conta como Iyá Mí Opáoká se tornou mãe de Oxóssi e não pudera mais cria-lo. Esses fatos ocorreram muito na época dos orixás devido ao fato de que muitas mães não foram permitidas criar seu filhos, seja por ordem ou por falta de condições. Muitos orixás tiveram esse destino.
Mò Júgbá Èíyín Iyá Mí Òpáòká!
Bem-vindos! (E Kaabo!) Blog Oficial da página de Facebook Àláketú Odé. Neste Blog tratamos de assuntos visando o estudo da África e suas etnias. Abordando assuntos de religiões afrobrasileiras, africanas e até mesmo de infuências da matriz africana, tais como: Candomblé, Umbanda, Batuque, Xambá, Ifá-Lukumi, Catimbó, Tambor de Minas e também abordamos sobre o Isese (Religião Tradicional Yorubá) e seus conceitos. Odé ire o!! Asé!!
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sexta-feira, 6 de novembro de 2015
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
As sondosas Iyá-Mí...Quem são elas???? E quem são os denominadores do existir????
Você com certeza já ouviu falar de Iyá-Mí Oxorongá não é? e com certeza já ouviu falar sobre seu poderes e seu misticismo vertente que até arrepiou a espinha não?
Pois bem, Iyá-Mí deriva de um culto vindo da África às grandes mães ancestrais, estas chamadas de Iyá-Mí Oxorongá, a palavra Iyá-Mí significa " Minha mãe " e quando é dita Iyá-Mí Ágbás quer dizer " Minhas mães ancestrais ou antigas ". Toda mulher, seja qual for, carrega consigo um pouco do poder dessas feiticeiras dos olhos dourados, é o poder feminino dito em cada mulher pois, é Iyá-Mí a grande protetora e detentora desse poder.
Iyá-Mí é mais que isso, é a geração da vida, é a própria gestação, é a criação, é o crescer e viver em cada um de nós, o poder das águas vem delas, pois, são elas as grandes mães que criam e zelam pelas águas, fato, que todas as Iyágbás do panteão tem ligação com a água, como Nanã com a lama ( água e terra ), Iyewá com a chuva, Oxún com os rios, Iyámonjá com rios e mares, Iyobá com rios revoltosos e grandes represas, Oyá com o rio Níger e com o ar que contém particulas de água, Osupá com a lua, a grande mestra das águas, feiticeira e dominadora, Olossá com os lagos, Opará com as quedas d'água, Olokún com o oceano ( divindade feminina ) e demais entidades femininas que também são ligadas á água.
Quando foi criado a terra, Olorún ( Deus supremo ) enviou sete Iyá-Mí's para o solo, três pousaram na árvore do bem-fruto, três pousaram na árvore do mal-fruto, e a sétima que fica de uma árvore para a outra, em equilíbrio com as duas, Orúnmilá-Ifá, o grande adivinho, perguntou as Iyá-Mí's o que trazeriam para terra e de qual forma mostrariam o seu caminho, e as bruxas em forma de demonstrar, a sétima pousou na jaqueira, esta então chamada de Iyá Opáoká, porém, esta ficaria de uma árvore para a outra.
As Iyás também podem vir em forma de peixes com escamas, o que demonstram vida e fertilidade, tal dado pelos ovos de peixes em grande abundância, também em forma de corujas, corvos, abutres e ás vezes com anú, podendo ser temida e respeitada ao mesmo tempo. Sua concentração de magia é tão grande, que Iyá-Mí uma vez que fez o sangue jorrar, a tornou vermelha, e com o ossún fez uso dela, tal fato que o vermelho simboliza as feiticeiras, somente quem adentra em seus cultos e ritos podem usar o vermelho, sendo que o branco é a família de Obatalá ( o poder masculino ) e o wají representa a cor preta, sendo este Exú, Obatalá é o de cima, Iyá-Mí a de baixo, e Exú é o meio com o Ogó ( ferramenta em forma de pênis que usa para magias ) de barro na mão, sendo o núcleo, aquele que circula as energias e que predomina incessantemente sobre elas, por isso, Exú é vertente em todos cultos, o que cabia à Orúnmilá-Ifá ser o dominate entre os odús, grande mago branco, também seria aquele que dominaria os destinos e suas predestinações, e é em Ifá que encontramos previsões e visões da vida e da morte.
São os três poderes dos sangues Fúnfún, Dúdú e Pupá sobre o Áiyê e o Orún, assim, se denominaria demais divindadades, como Ogún, Oxóssi, Omolú, Oxún, Iyansã, Xángô e Iyámonjá, das quais através de Egúngún, os grandes mestres da ancestralidade trazeria os mistérios com intuito à Irokô.
Desmistificando as Iyá-Mí não só como bruxas maldosas e sanguenárias, mas, também como zelosas mães e criadoras de todos os seres.
Meus respeitos às Iyá-Mí's, mulheres feiticeiras da vida e da morte que á tudo gerou e cuidou!! Mò Júgbá!!
Pois bem, Iyá-Mí deriva de um culto vindo da África às grandes mães ancestrais, estas chamadas de Iyá-Mí Oxorongá, a palavra Iyá-Mí significa " Minha mãe " e quando é dita Iyá-Mí Ágbás quer dizer " Minhas mães ancestrais ou antigas ". Toda mulher, seja qual for, carrega consigo um pouco do poder dessas feiticeiras dos olhos dourados, é o poder feminino dito em cada mulher pois, é Iyá-Mí a grande protetora e detentora desse poder.
Iyá-Mí é mais que isso, é a geração da vida, é a própria gestação, é a criação, é o crescer e viver em cada um de nós, o poder das águas vem delas, pois, são elas as grandes mães que criam e zelam pelas águas, fato, que todas as Iyágbás do panteão tem ligação com a água, como Nanã com a lama ( água e terra ), Iyewá com a chuva, Oxún com os rios, Iyámonjá com rios e mares, Iyobá com rios revoltosos e grandes represas, Oyá com o rio Níger e com o ar que contém particulas de água, Osupá com a lua, a grande mestra das águas, feiticeira e dominadora, Olossá com os lagos, Opará com as quedas d'água, Olokún com o oceano ( divindade feminina ) e demais entidades femininas que também são ligadas á água.
Quando foi criado a terra, Olorún ( Deus supremo ) enviou sete Iyá-Mí's para o solo, três pousaram na árvore do bem-fruto, três pousaram na árvore do mal-fruto, e a sétima que fica de uma árvore para a outra, em equilíbrio com as duas, Orúnmilá-Ifá, o grande adivinho, perguntou as Iyá-Mí's o que trazeriam para terra e de qual forma mostrariam o seu caminho, e as bruxas em forma de demonstrar, a sétima pousou na jaqueira, esta então chamada de Iyá Opáoká, porém, esta ficaria de uma árvore para a outra.
As Iyás também podem vir em forma de peixes com escamas, o que demonstram vida e fertilidade, tal dado pelos ovos de peixes em grande abundância, também em forma de corujas, corvos, abutres e ás vezes com anú, podendo ser temida e respeitada ao mesmo tempo. Sua concentração de magia é tão grande, que Iyá-Mí uma vez que fez o sangue jorrar, a tornou vermelha, e com o ossún fez uso dela, tal fato que o vermelho simboliza as feiticeiras, somente quem adentra em seus cultos e ritos podem usar o vermelho, sendo que o branco é a família de Obatalá ( o poder masculino ) e o wají representa a cor preta, sendo este Exú, Obatalá é o de cima, Iyá-Mí a de baixo, e Exú é o meio com o Ogó ( ferramenta em forma de pênis que usa para magias ) de barro na mão, sendo o núcleo, aquele que circula as energias e que predomina incessantemente sobre elas, por isso, Exú é vertente em todos cultos, o que cabia à Orúnmilá-Ifá ser o dominate entre os odús, grande mago branco, também seria aquele que dominaria os destinos e suas predestinações, e é em Ifá que encontramos previsões e visões da vida e da morte.
São os três poderes dos sangues Fúnfún, Dúdú e Pupá sobre o Áiyê e o Orún, assim, se denominaria demais divindadades, como Ogún, Oxóssi, Omolú, Oxún, Iyansã, Xángô e Iyámonjá, das quais através de Egúngún, os grandes mestres da ancestralidade trazeria os mistérios com intuito à Irokô.
Desmistificando as Iyá-Mí não só como bruxas maldosas e sanguenárias, mas, também como zelosas mães e criadoras de todos os seres.
Meus respeitos às Iyá-Mí's, mulheres feiticeiras da vida e da morte que á tudo gerou e cuidou!! Mò Júgbá!!
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