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terça-feira, 24 de novembro de 2015

Orunmilá-Ifá - O deus adivinho

Orixá Orunmilá-Ifá
DIA: Sexta-Feira ou Domingo
CORES: Verde e Amarelo com Branco-Marfim
SÍMBOLOS: Tábua de Ifá e fio com favas de Oxóssi
ELEMENTOS: Ar, Atmosfera e Cumes
DOMÍNIOS: Destino, profecias, premonições, previsões e sonhos
SAUDAÇÃO: Epá Ojú Olorún, Ifá Ò! (Viva os olhos de Deus, Ele é Ifá!)

Orunmilá-Ifá, o senhor do destino. Na mitologia Yoruba, Orunmilá é um orixá, e divindade da profecia, identificado no jogo do merindilogun pelo Odu Ejibe.
Orunmilá  também é às vezes chamado Ifá, que é de fato a incorporação do conhecimento e sabedoria e a forma mais alta da prática de adivinhação entre os Yorubas.
Embora Orunmilá não seja de fato Ifá, nome de um Oráculo dos Yoruba na Nigéria, a associação íntima existe, porque ele é o que conduz o sacerdócio de Ifá.
É a Divindade yorubana maior, introduzida por Oduduwá através de Setilu, seu primeiro sacerdote.
Governa o conhecimento do destinos e dos presságios denominados Odús. 
Para se limpar de todas as sua necessidades:
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Orunmilá diz que se é falta de lucros que nos perturba, Orunmilá dá ordem para nós abrirmos nossas portas para que a dona da chuva da bondade possa entrar.

Orunmilá diz que se é falta de uma esposa que nos perturba, Orunmilá dá ordem para nós abrirmos nossas portas para que a dona da chuva da bondade possa entrar com uma boa esposa.

Orunmilá diz que se é falta de um filho que nos perturba, Orunmilá dá ordem para nós abrirmos nossas portas para que a dona da chuva da bondade possa entrar com um filho saudável.

Orunmilá diz que se é tumulto ou desordem que perturba a cidade, Orunmilá dá ordem para nós abrirmos nossas portas para que a dona da chuva da bondade possa entrar com paz e amor na cidade.

Orunmilá diz que se estamos sentindo a falta de tudo, Orunmilá dá ordem para nós abrirmos nossas portas para que a dona da chuva da bondade possa entrar com todas as bondades da vida.

Orunmilá diz que se é doença e epidemias que nos perturba, Orunmilá dá ordem para nós abrirmos nossas portas, para que a dona da chuva de bondade possa entrar com saúde.

O pai de todas as riquezas Orunmilá diz que se é a morte que bate na nossa porta, Orunmilá diz que é a folha de didimonisaayun  que vai ajudar a evitar a morte.


A folha de didimonisaayun  que vai ajudar a evitar todos os males, que vai evitar todos os prejuízos, epidemias e acidentes na vida.


A folha de didimonisaayun  que vai evitar as ações negativas em nossas vidas.



Orunmilá o dono de todas das sabedorias, que vai levar até nós todas as bondades da vida.
Orunmilá, é o princípio da intuição, da premonição, os sentidos do espírito, o olhar que conhece o futuro.
É o deus invocado no jogo de búzios, pois é ele quem conhece todos os destinos odus, cabeças oris e caminhos.
Ele diz a Exu que movimente suas palavras até os búzios, indicando que orixá esta regendo uma pessoa, o porque, e com que destino, pois tem o conhecimento desde o começo do mundo.
A importância de Orunmilá é tão grande que chegamos a concluir que se um homem fizer algum tipo de pedido ao todo poderoso Olorun, Deus, o Senhor dos Céus, esse pedido só poderá chegar até Ele através de Orunmilá e, ou Bará, que são somente eles dois dentre todos os Orixá os que têm a permissão, o poder e o livre acesso concedido por Olorun de estar junto a Ele, quando assim for necessário.
Orunmilá é o senhor dos destinos, é quem rege o plano onírico, sonhos, é aquele que tudo sabe e tudo vê em todos os mundos que estão sob a tutela de Olorun, ele sabe tudo sobre o passado, o presente e o futuro de todos habitantes da Terra e do Céu, é o regente responsável e detentor dos oráculos, foi quem acompanhou Oduduwá na criação e fundação de Ilé Ìfé, é normalmente chamado em suas preces de:

Elérí Ìpín – o testemunho de Deus.
Ibìkéjì Olódúmarè – o vice de Deus.
Gbàiyégbòrún – aquele que está no céu e na terra
Òpitan Ìfé – o historiador de Ìfé.

Acredita-se que Olorun passou e confiou de maneira especial toda a sabedoria e conhecimento possível, imaginável e existente entre todos os mundos habitados e não habitados à Orunmilá, fazendo com que desta forma o tornasse seu representante em qualquer lugar que estivesse.
No Terra, Olorum fez com que Orunmilá participasse da criação da terra e do homem, fez com que ele auxiliasse o homem a resolver seus problemas do dia a dia, também fez com que ajudasse o homem a encontrar o caminho e o destino ideal de seu orì.
No céu lhe ensinou todos os conhecimentos básicos e complementares referente todos os Orixás, pois criou um elo de dependência de todos perante Orunmilá, todos devem consultá-lo para resolver diversos problemas, com pôr exemplo, a vinda de Oxalá à terra para efetuar a criação de tudo aquilo que teria vida na mesma, porém o grande Orixá não seguiu as orientações prescritas por Ifá, e não conseguiu cumprir com sua obrigação caindo nas travessuras aplicadas por Bará, ficando esta missão por conta de Oduduwá.
Também Orunmilá fala e representa de maneira completa e geral todos os Orixás, auxiliando um consulente no que ele deve fazer para agradar ou satisfazer um determinado Orixá, obtendo desta forma um resultado satisfatório para o Orixá e para o consulente.
Orunmilá sabe e conhece o destino de todos os homens e de tudo o que têm vida em nosso mundo, pois ele está presente no ato da criação do homem e sua vinda a Terra, e é neste exato instante que Ifá determina os destinos e os caminhos a serem cumpridos pôr aquele determinado espírito.
É por isso que Orunmilá tem as respostas para toda e qualquer pergunta lhe é feita, e que ele têm a solução para todo e qualquer problema que lhe é apresentado, e é por esta razão que ele têm o remédio para todas as doenças que lhe forem apresentadas, por mais impossível que pareça ser a sua cura.
Além disto tudo, Orunmilá é também quem tem a vida e a morte em suas mãos, pois ele é a energia que esta mais atuante e mais próxima de Olorun, podendo ele ser a única entidade que tem poderes para suplicar, pedir ou implorar a mudança do destino de uma pessoa.
Mediante o uso de conchas adivinhas, Orunmilá revelava aos homens as intenções do supremo deus Olorun e os significados do destino.
Orunmilá aplainava os caMinhos para os humanos, enquanto Bará os engambelava na estrada e fazia incertas todas as coisas.
O caráter de Orunmilá era o destino, o de Bará, era o desafio.
Mesmo assim ficaram amigos íntimos.
Orunmilá viajou com alguns acompanhantes.
Os homens de seu séquito não levavam nada, mas Orunmilá portava uma sacola na qual guardava o tabuleiro e os Obis que usava para ler o futuro.
Mas na comitiva de Orunmilá muitos tinham inveja dele e desejavam apoderar-se de sua sacola de adivinhação.
Um deles mostrando-se muito gentil, ofereceu-se para carregar a sacola de Orunmilá.
Um outro também se dispôs à mesma tarefa e eles discutiram sobre quem deveria carregar a tal sacola.
Até que Orunmilá encerrou o assunto dizendo:
Eu não estou cansado. Eu mesmo carrego a sacola. Quando Orunmilá chegou em casa, refletiu sobre o incidente e quis saber quem realmente agira como um amigo de fato.
Pensou então num plano para descobrir os falsos amigos. Enviou mensagens com a notícia de que havia morrido e escondeu-se atrás da casa, onde não podia ser visto.
E lá Orunmilá esperou. Depois de um tempo, um de seus acompanhantes veio expressar seu pesar.
O homem lamentou o acontecido, dizendo ter sido um grande amigo de Orunmilá e que muitas vezes o ajudara com dinheiro.
Disse ainda que, por gratidão, Orunmilá lhe teria deixado seus instrumentos de adivinhar.
A esposa de Orunmilá pareceu compreende-lo, mas disse que a sacola havia desaparecido.
E o homem foi embora frustrado.
Outro homem veio chorando, com artimanha pediu a mesma coisa e também foi embora desapontado.
E assim, todos os que vieram fizeram o mesmo pedido. Até que Exu chegou. Exu também lamentou profundamente a morte do suposto amigo.
Mas disse que a tristeza maior seria da esposa, que não teria mais para quem cozinhar.
Ela concordou e perguntou se Orunmilá não lhe devia nada. Exu disse que não.
A esposa de Orunmilá insistiu, perguntando se Exu não queria a sacola  de adivinhação.
Exu negou outra vez.
Aí Orunmila entrou na sala, dizendo:
Exu, tu és sim meu verdAdeiro amigo!.
Depois disso nunca teve amigos tão íntimos, tão íntimos como Exu e Orunmilá.

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Características dos filhos:

Os filhos de Orunmilá, portanto, são pessoas tranquilas, pelo menos na aparência, com tendência à calma, até nos momentos mais difíceis.
Conseguem o respeito mesmo sem que se esforcem objetivamente para obtê-lo.
São amáveis e pensativos, mAs nunca de maneira subserviente.
Às vezes chegam a ser autoritários, mas isso acontece com os que têm Orixás guerreiros ou autoritários como adjutores.
Sabem argumentar bem, tendo uma queda para trabalhos que impliquem em organização.
Gostam de centralizar tudo em torno de si mesmos.
São reservados, mas raramente orgulhosos.
Seu defeito mais comum é a teimosia, principalmente quando têm certeza de suas convicções, será difícil convencê-los de que estão errados ou que existem outros caminhos para a resolução de um problema.
Possuem um pensamento engendrado e a constante reflexão sobre todos os aspectos da sua existência.
Os filhos dele não gostam de pedir ajuda aos outros.
Uma característica marcante é a honestidade.
 Seus ideais são levados até o fim, mesmo que todas as pessoas sejam contrárias a suas opiniões e projetos. Gostam de dominar e liderar as pessoas.
São muito dedicados, caprichosos, mantendo tudo sempre bonito, limpo, com beleza e carinho.
Respeitam a todos mas exigem ser respeitados.
Os homem de Orunmilá, charmosos, fazem  questão de ser o centro das atenções e está à procura de plateias dispostas a ouví-los falar sobre seus assuntos prediletos. Um deles é a mulher. Conquistador compulsivo, mais do que qualquer coisa, ele gosta é de se exercitar no jogo da conquista, e assim que ganha a mulher, desinteressa-se dela.
Balança um pouco quando encontra uma mulher liberal pela frente que é, no fundo, a parceira que gostaria de ter. Só que estas mulheres o assustam. Como também o assusta a ideia de tomar a iniciAtiva no campo sexual.
Suas afinidades são com mulheres de Oxalá, Oxun, Iemanjá, Xangô, Oyá e Nanã.

Enquanto que as mulheres de  Orunmilá, são  fácil de distinguir  das outras mulheres, pois são aquelas de aparência tímida, mas muito bem produzida em termos de roupa e maquiagem.
À primeira vista parece uma conquistadora experiente, mas na verdade não sabe como agir depois que chamou a atenção do público masculino.
 Mas mesmo assim, sente-se perfeitamente à vontade em festas, adora uma badAlação, um carro bonito, amizades importantes.
E é justamente por um homem que possa lhe oferecer essas coisas que ela se apAixona.
Sexualmente, gosta de ser comandadas e sabem como ninguém usar o ciúme.
Tem mais afinidades com homens de Oxalá, Oxun, Iemanjá, Oxumaré, Logunedé e Oxóssi.


quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Orunmilá-Ifá: O espírito da sabedoria


Para o pensamento iorubá a vida é uma jornada, uma grande aventura. E é aqui na terra o melhor lugar do mundo para se viver. Tanto isso é verdade que quando um ente querido morre, diz-se:


"WA ATI BO" (VÁ E VOLTE LOGO).

Essa e outras sabedorias sobre o mundo e a vida são parte do conhecimento transmitido oralmente pelos sacerdotes de Ifá, os BABALAWO, ou Pais do Segredo. O conhecimento do Babalawo está contido nos poemas, um compêndio de centenas de milhares de histórias míticas que são relembradas e entoadas em forma de cânticos pelos sacerdotes de Ifá.

O cliente ao ouvir determinada passagem que alude ao problema que está vivendo interrompe o sacerdote que passa então a explorar as possíveis maneiras de auxiliá-lo. Isso pode ser feito por meio de oferendas rituais ou através do uso de plantas medicinais para ingestão na forma de chás ou de poções ou ainda em banhos ou sachês. O Babalawo pode também sugerir mudanças de comportamento do indivíduo.
Para tornar-se um sacerdote de Ifá, um Babalawo, é necessário um aprendizado iniciático que tem início na infância -- ao redor dos 4 anos de idade -- e que jamais terá fim. Em geral, o aprendiz estará apto a atender após um mínimo de 16 anos de estudos constantes.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE OS NOMES ORUNMILÁ E IFÁ?

IFÁ É O NOME QUE OLODUMARÉ, O DEUS CRIADOR, DEU PARA ORUNMILÁ ENQUANTO DIVINDADE MANIFESTADA NO MUNDO.
IFÁ É O ORÁCULO, O SISTEMA DIVINATÓRIO COMPOSTO DE DIVERSOS MÉTODOS. OS MAIS CONHECIDOS SÃO O OPELE, O IKIN E O MERINDILOGUN OU JOGO DE BÚZIOS.

ORUNMILÁ É A DIVINDADE E IFÁ É O SISTEMA ONDE ESTA DIVINDADE SE MANIFESTA. NÃO HÁ IFÁ SEM ORUNMILÁ E NEM ORUNMILÁ SEM IFÁ. ESTES DOIS CONCEITOS SÃO TÃO INTIMAMENTE RELACIONADOS QUE MUITAS VEZES REFERIMO-NOS A ORUNMILÁ COMO IFÁ.

E QUEM É ORUNMILÁ?

ORUNMILÁ É A DIVINDADE DA SABEDORIA E DO CONHECIMENTO, RESPONSÁVEL PELA TRANSMISSÃO DAS ORIENTAÇÕES DOS DEUSES E DE NOSSOS ANCESTRAIS, DE MANEIRA A PERMITIR A CADA UM DE NÓS A POSSIBILIDADE DE UMA ESCOLHA ACERTADA PARA UMA VIDA FELIZ.

ORUNMILÁ, A TESTEMUNHA DO DESTINO E DA CRIAÇÃO. O SEGUNDO APÓS OLODUMARÉ. AQUELE QUE ESTAVA PRESENTE, AO LADO DE DEUS, QUANDO A VIDA, O MUNDO, O HOMEM FOI CRIADO. ORUNMILÁ TUDO VÊ, TUDO SABE, TUDO CONHECE. NÃO HÁ NADA QUE TENHA SIDO CRIADO OU QUE VIRÁ A SER CRIADO QUE ORUNMILÁ NÃO SAIBA ANTES. ORUNMILÁ CONHECE A VIDA E CONHECE A MORTE, ELE CONHECE A EXISTÊNCIA: O ANTES E O DEPOIS. Por isso ele pode ajudar.

Guia, profeta, professor, divindade, ORUNMILÁ/IFÁ deve ser compreendida como um sistema: é o homem e sua ferramenta. Por vezes o homem é a sua própria ferramenta. Orunmilá é tanto humano quanto espírito. Enviado por Olodumaré para ir a diferentes lugares sempre que há necessidade para ajudar os homens a enfrentarem seus problemas, contornando obstáculos e desenvolvendo o seu bom caráter. Podemos também imaginar Orunmilá como O ESPÍRITO DE OLODUMARÉ manifestado no homem.
Alguns dizem que a palavra Orunmilá deriva de Oro-Omo-Ela ou Oro= palavra/espírito, Omo= filho, Ela= Deus. Ja outos dizem que seu nome é Orun Mí Nlá ou Orun= Céu, Mí= Meu ou Eu, Nlá= Falar ou Gritar. Após a Criação, ORUNMILÁ veio à Terra como a divindade encarregada por Olodumaré para ensinar os homens.
ÒWÉ-IFÁ

(PROVÉRBIOS DE IFÁ)




Os provérbios de Ifá. Funcionam como os provérbios da bíblia do povo cristão. Na África, eram usados como seguimentos dos povos para terem uma vida mais sábia e mais digna. Seguindo os provérbios, os babáláwos acreditavam que estavam seguindo às ordens de Olodúmarê e que passando para os povos esse conhecimento, muitos poderiam mudar suas mentes e evoluir seu lado espiritual. Assim, você poderia estar crescendo materialmente, mentalmente e espiritualmente podendo, ter a concepção de Olodumarê o merecimento do axé para viver mais. Esses provérbios também são usados nos cultos de Egúngún pelos Babáojés e também pelos Oníxegúns, aqueles que tem o conhecimento das folhas usadas para o culto de Egúngún e nos axêxês.
Abaixo, um seguimento de provérbios mais usados no culto de Opelê-Ifá ditos por Orúnmilá:

Bí òní tí ri, òlá kí ìri gbè, ní ímúú Bàbál'àwò difá òrùrún.

Tradução: É pouco provável que amanhã as coisas estejam como hoje; é por isso que o Bàbálàwo consulta o oráculo de Ifá a cada cinco dias.

Interpretação: Devemos estar preparados para as trocas deste mundo. As coisas nem sempre saem como desejamos.

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A kì í gbó “Lù ú” lènú àgbà.

Tradução: Nunca se verá um ancião mandar que se espanque alguém.

Interpretação: Os anciões resolvem as disputas, eles não incitam à guerra entre disputantes.

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A kì í mo´? egbò fúnra èni ká sunkún.

Tradução: Ninguém grita de dor quando cuida de suas próprias feridas.

Interpretação: Cada um sabe o seu limite de suportar a dor.

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A kì í ko elé?sin ká tún l? fé? elésè?.

Tradução: Não se deixa um cavaleiro para se casar com um peão.

Interpretação: A pessoa deve procurar progredir e nunca regredir.

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Bí a bá tí mo là nkú; òlòngò kì í kú tìyàntìyàn.

Tradução: A pessoa morre de acordo com o seu próprio peso; o pássaro Olongo de peito ruivo, ao cair morto, não faz grande barulho quando bate no chão.

Interpretação: Cada um deve agir de acordo com o seu próprio valor.

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Adòn doríkódó ó nwò ìsèè gbògbò èiyé.

Tradução: O morcego se coloca de cabeça pra baixo, olhando o que fazem os pássaros.

Interpretação: Observando os erros dos outros, se aprende a não errar.

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Èni tí ó jin si kótó kò ára ehíyn lógbòn, àdánìlòro fíí àgbárá k’ó.

Tradução: Aquele que cai em um buraco ensina aos que vêm atrás a terem cuidado.

Interpretação: Devemos aprender com a experiência dos outros.

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Ásápè fún wèrè jò, o n'átí wèrè òkánná.

Tradução: Aquele que bate palmas para que um louco dance é tão louco como ele mesmo.

Interpretação: As pessoas que participam ou protegem os erros dos outros também são culpadas.

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Gùdùgùdú f’ójú jó ésúrú gbèní kò sè njé.

Tradução: Gudugudu se parece com Esuru, porem não se pode comer (Esuru é uma espécie de inhame, Gudugudu é uma variedade venenosa).

Interpretação: Nem tudo o que parece bom tem qualidade, nem tudo que brilha é ouro.

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Àsokó fún àdiyé ìgbá, ókó ní ísò titi fíí nsù.

Tradução: Aquele que atira pedras em 200 galinhas atirará pedras até que caia a noite.

Interpretação: Cada um deve limitar suas atividades e objetivos ao fazer as coisas bem feitas, não é bom ser um “aprendiz de tudo e professor de nada”.

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Áséséyò ógomó ní ò’niyío kàn òrún, àwón àsíwájùo rè ní àwón ná sé gbé ri.

Tradução: Quando apareceu pela primeira vez, o broto de uma palmeira nova disse que seu objetivo era chegar ao céu.

Interpretação: Isto se diz aos jovens que devido a sua inexperiência, não se compreendem das suas limitações e não prestam atenção aos conselhos dos mais velhos, sábios.

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Gbòngbá dí èkun, kédéréé gbè è wó.

Tradução: Quando o leopardo anda solto, todo mundo vê.

Interpretação: O que é de domínio público, todos podem ver e saber.

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Ènú kí írírí kí èlénú máà lè fíí njèún.

Tradução: A boca não pode ser tão suja que seu dono não possa comer com ela.

Interpretação: É difícil reconhecermos nossos próprios erros, a nossos olhos tudo o que fazemos é certo.

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Ènú áíymènu, été áiymètè ni ìko òròn gbá éréké.

Tradução: A boca que não se cala e os lábios que não deixam de se mexer, só trazem problemas e bloqueios na vida.

Interpretação: Quem fala de mais sempre se dá muito mal.

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Áiyto èhíyn káá ní à nfi ówó bò o.

Tradução: Quando estamos muito velhos, perdemos os dentes, tapamos a boca com as mãos.

Interpretação: O homem que não é capaz de fazer uma coisa com segurança, trata de esconder o que está fazendo. Aquele que está seguro do que faz, não faz em segredo.

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Íwá ní òrísá: bì á gbá tí hu ú sì ní ìfì gbè ni.

Tradução: O caráter é como um deus, ele te apoiará segundo te comportes.

Interpretação: Se tens bom caráter serás beneficiado, colherá tudo aquilo que semeias.

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Á kì ígbá akáká l’òwo akíti; à kí ígbá ílè bábá èni.

Tradução: Você não pode fazer do macaco um homem, porém tampouco deve duvidar que os homens provem do macaco.

Interpretação: Uma pessoa não pode mudar o seu mau caráter.

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Bí á kò bá tíì lè kólé, àgó là n’pá.

Tradução: Quem não sabe construir uma casa, monta uma barraca.

Interpretação: Ninguém deve ir além de seus próprios limites, nem deve deixar de se esforçar para evoluir. ********************

Aiye l'okun enia l'osá, aiwowe ko le gbadun aiye.

Tradução: O mundo é o oceano, as pessoas são lagoas. Se não sabes nadar nunca poderás desfrutar da vida.

Interpretação: É importante que todos estudem as pessoas e as situações antes de praticar uma ação qualquer. Deve-se ter tato e saber como tratar todo tipo de pessoa.

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Òtún wè òsí, òsí, wè òtún, ní ówó mèjèji ´n mo.

Tradução: Quando a mão direita lava a esquerda e a esquerda lava a direita, ambas ficam limpas.

Interpretação: A ajuda mútua é fundamental para ambas as partes.

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Ohùn tí ò wú mì kò o, á njéun wá látótò.

Tradução: O que eu quero comer, você não quer comer. Devemos comer separados.

Interpretação: Quando duas pessoas não concordam, é melhor que se separam.

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Á kí irú èròn èríyn l'òrí kí à má fi esé tón ìhò iré.

Tradução: Quando se leva carne de elefante sobre sua cabeça não deve mexer em um ninho de grilo com os pés.

Interpretação: Ninguém deve arriscar-se a perder algo importante por algo insignificante.

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Kòkòrò ní ìdi làgbá-làgbá, èyín ní ìdi àkùkó.

Tradução: É a lagarta que se transforma em mariposa, é o ovo quem produz a galinha.

Interpretação: Não se deve subestimar a uma criança pequena, porque ela crescerá e se transformará em um homem e talvez em um homem de alta posição ou de péssimo caráter.

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Ásóròkèlè bòjú wò ìgbè, ìgbè kí ìró, èni tí á gbà sò ní ìsé ìkú pa’ní.

Tradução: Aquele que cochicha, olha até o bosque, porém o bosque não faz fofoca. Aquele a quem contaste teus segredos é o traidor.

Interpretação: Um segredo dividido deixa de ser um segredo.

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Afómó ko ni egbo gbogbo igi ni iba tan.

Tradução: O parasita não tem raízes, seus parentes são as árvores.

Interpretação: Refere-se à pessoa que se une a outra porque esta última desfruta de uma melhor posição e para obter vantagens.

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Asóró kókó sègbí ti o n'lá n'wí, àsébùbùrú o kú àra ìfú.

Tradução: O desconfiado sempre pensa que as pessoas estão falando dele.

Interpretação: Quem faz o mal sempre suspeita dos outros. Os malvados sempre pensam que outros são como eles.

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Àgbá òfìfo ní npáríwò; àpò tó kún fówó kì í dún.

Tradução: Somente um barril vazio é que faz barulho, um saco cheio de dinheiro permanece silencioso.

Interpretação: Quanto mais vazio de saber e conhecimento for uma pessoa, mais chamará atenção para si mesma, fazendo barulho, se auto-afirmando, usando roupas extravagantes e querendo se passar pelo que na verdade não é. Quem tem valor e saber não precisa fazer alarde, cedo ou tarde será reconhecido.

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Ìberè kì íjékí ènìyà kó sìnà, enití kò le bèrè ní npón ára rè lójú.

Tradução: As perguntas livram o homem dos erros, aquele que não pergunta, entrega-se aos problemas.

Interpretação: Sempre que alguém nos transmite um ensinamento, devemos ter cuidado com o que nos é ensinado. Buscar entender e fundamentar a novidade aprendida é uma obrigação para

que não venhamos a passar por tolos a qualquer momento. A origem do mestre não legitima o seu saber, não garante a sua honestidade.

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Akóni kò ní kí a síká gbì à kó níká nínú; tàní nko'ní kí à tò sé rèrè.

Tradução: O professor não nos ensina a fazer o mal, se não temos o mal por dentro. Quem nos ensina, ensina a fazer o bem.

Interpretação: Este é um comentário satírico referindo-se a pessoas que tentam justificar algo mal feito, dizendo que foi alguém que o ensinou a fazê-lo.

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Ábátá tákèté èni pé kò gbá òdo tòn.

Tradução: O pântano se mantém a margem, como se não estivesse disfarçado com o rio.

Interpretação: Este comentário se utiliza em referência às pessoas que devem interessar-se por algo, porém preferem ignorá-lo.


Mòjúgbá!!