Mostrando postagens com marcador História. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador História. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Lendas de Exú - Exú e a pedra vermelha que virou mundo.


Bará Iyanguí
 Exú e a pedra vermelha que virou mundo. 

Existe um itan entre os povos nagôs que conta talvez, porque motivo Exú foi sincretizado com o Diabo pelos portugueses aqui no Brasil, e esse itan fala muito do aspecto de orixá Exú também chamado de Bará, e de suas peculiaridades talvez não muito vista pelo povo.

Quando Exú ainda era pequeno, Exú era chamado de Iyanguí. Iyangui era um menino muito esperto e brincalhão, e odiava ser rejeitado por todos pois, Iyanguí tinha uma perna só e seu rosto era deformado, então as outras crianças não queriam brincar com Iyanguí, muitos por medo, outros por repugnância. Iyanguí era alegre, porém sempre chorava sozinho pois, nenhum de seus colegas queriam brincar com ele. Sua mãe, chamada de Iyegbirú, sempre acariciava o menino com suas mãos macias e delicadas, e preparava para Iyangui uma farofa especial com o fruto favorito dele, chamado de Orô-Pupá, ou como Amêndoa de Dendê. Iyanguí se alegrava muito quando sua mãe Iyegbirú lhe fazia o prato favorito, e enchia a barriga com tamanha gulodisse que ele tinha.
Certa vez, Iyanguí foi para fora de sua humilde casinha para brincar, e mais uma vez, Iyanguí foi rejeitado pelas crianças. E Iyanguí se pôs a chorar novamente. Vendo isso, sua mãe pensou em lhe fazer um prato especial, e precisava ir à beira do vulcão para pegar uma erva para fazer um certo tempero das típicas culinárias iorubás, e se colocou a ir, mas antes, entregou à Iyanguí duas dessas pedras vermelhas chamadas lateritas-vermelhas para que se Iyanguí precisasse de ajuda, riscasse uma pedra na outra e a ajuda lhe seria concebida. Iyegbirú foi, e Iyanguí ficou ali com as duas pedras. Sua mãe demorou muito para voltar e, quando voltou, viu seu filho deitado ao pé de dendezeiro dormindo tranquilamente, então não quis acordá-lo e foi para a cozinha preparar a comida de Iyanguí. Mas, os meninos que antes rejeitaram Iyanguí viram ele dormindo e pegou suas pedras vermelhas e se esconderam atrás da casa onde Iyanguí e Iyegbirú moravam. Os menino queriam pregar uma peça em Iyanguí, dizendo que se chocasse as pedras,, sairia ouros e diamantes dela e Iyanguí seria rico. Então acordaram Iyanguí e lhe disseram que aquela pedra era muito valiosa, era mais valiosa que o próprio ouro, era mais valioso que os Kaurís ( moeda na época dos orixás hoje sendo os búzios ) e que se ele chocasse as duas pedras uma na outra, Iyangui tornaria ele e sua mãe podres de rico. Pobre Iyanguí, acreditou, e desesperadamente riscou uma pedra na outra várias vezes sem parar e enquanto isso os meninos davam gargalhadas da cara de Iyanguí. Então Iyanguí percebeu que era tudo uma farsa e que os meninos estavam mentido e pregando uma peça nele. Foi quando das pedras começou um fogo descontrolado, um fogo com tamanha força e rapidamente o fogo aumentava e consumia com fervor tudo ao seu redor, Iyegbirú vendo aquilo disse que não era para Iyanguí riscar as pedras atoa e muito menos desesperadamente, pois as pedras, continham o poder de fogo e como Iyanguí as riscou várias vezes, o fogo não parava de sair. Foi quando sua mãe num ato de desespero tentou parar a ira do fogo, mas acabou de queimando, e o fogo consumia rapidamente o corpo de sua mãe, os meninos viam tudo com arrependimento e surpresos pois, não haviam visto tamanho poder. Iyanguí gritava e chorava com dor e angústia, e no meio do fogo se jogava para encontrar sua mãe. O fogo consumiu tudo ao seu redor matando assim sua mãe e todos na tribo queimados. Nada restou, somente Iyanguí todo queimado e ferido e suas duas pedras na mão. Iyanguí tentou se livrar das pedras, mas as pedras faziam parte de sí. Então abandonado sozinho, Iyanguí se pôs a virar uma laterita-vermelha e se escondia no fogo para que jamais destruisse mais nada, e sendo uma pedra de fogo, Iyanguí não se queimaria e do mundo se isolaria.
Pedra Laterita Vermelha


Passando pela estrada estava Orúnmilá, e não acreditou quando viu toda aquela destruição carbonizada ao seu redor, foi correndo para uma caverna e abriu seu jogo de Ifá ( sistema advinhatório usado por babálawos e babás-ojés de culto iorubá e fon, funcionando como oráculo ) e viu no seu jogo que uma criança dotada de uma inteligência incrível mas de um coração cheio de mágoa, arrependimento e desprezo havia feito tudo aquilo e, que essa criança estava escondida por ali em forma de uma raríssima pedra vermelha de fogo. Orúnmilá o encontrou, e se colocou a ajudar o menino, Iyanguí estava ferido, estava com ódio de sí próprio e se julgava a todo momento, então Orúnmilá mostrou que aquilo não foi culpa dele e que Iyanguí tinha o coração puro e cheio de amor, aquilo todo não era por sua culpa. Então Orúnmilá adotou Iyanguí e lhe curou, lhe de de beber, lhe deu de comer, lhe deu abrigo e carinho. Ensinou tudo para Iyanguí e de presente, lhe concebeu o instrumento mais poderoso chamado de Opá-Ogó. Dizendo-lhe que aquele instrumento seria capaz de controlar o tempo e o vento, o futuro, o presente e o passado, seria capaz de transformar quaquer coisa em qualquer coisa, lhe faria um mágico, um feiticeiro e principalmente em um mensageiro, assim Orúnmilá concedeu-lhe o cargo de mensageiro do céu e da terra, lhe deu o direito de se teleportar de qualquer lugar para o outro e lhe deu vários dons que, auxiliaria nas funções de Orúnmilá e nas funções que exerciria no orún e no aiyê, entre eles a comunicação, a alimentação, o dom da visão, o bem e o mal, o ruim do bem, o fogo e todos quatros elementos, lhe concebendo 7 cabacinhas que carregaria pós, feitiços, segredos, enredos e fundamentos, e, por fim lhe deu nome de Exú do iorubá Èșù que significa " Esfera ", seria ele aquele que estaria em todos e quaisquer lugares do universo, seria aquele que rodaria e faria tudo andar, seria aquele que em formato de esfera, faria tudo pairar sobre ele e tudo se movimentar, seria aquele que antes de tudo, seria o primeiro, seria Exú em forma de uma esfera de fogo que todos iriam se sustentar, e dele se criaria a água, a terra e o ar, seria dele que viria todo o sustento, todo o alimento, todo o caminhar. Tudo servido à qualquer outro orixá, seria servido primeiramente à Exú, mas também conhecido como o núcleo da terra. Aquele que de uma pedra chamada laterita-vermelha criou uma grande bola de fogo e fez aos poucos, tudo nele se juntar, criando assim o princípio no áiyê. Aquele que se fez Akesán e se dividiu em nove para cada parte governar. Aquele que faria tudo por volta dele girar, aquele que de tudo participar e de tudo terá, aquele que que não define o bem do mal, somente faz jus ao que é persuasivo à evolução do mundo. Este chamado de Exú, o senhor de todos os caminhos, todas as energias, senhor que tudo come, senhor que tudo vê, senhor que tudo sente. O guardião de tudo e o mestres dos reis. Seu nome batizado de Exú, fez de Iyanguí o orixá primário.

Iyàngí ( A Laterita vermelha ) é um dos maiores símbolos do
Orixá Exú, o senhor dos caminhose do fogo

domingo, 8 de novembro de 2015

Templo de Osún em Oxogbo, Osún State - Nigéria

Templo de Osún

Ọṣun-Oṣogbo ou Bosque Sagrado de Osun-Osogbo é uma floresta sagrada às margens do rio Osun que se encontra na cidade de Osogbo, no estado de Osun, Nigéria.
Templo de Osun como é conhecido pelos brasileiros que prestam culto a Oxum (Osun) no Candomblé, uma das religiões afro-brasileiras.
Porta de entrada no Templo de Osún

Descrição

A floresta densa do Bosque Sagrado de Osun-Osogbo, nos arredores da cidade de Osogbo, é uma das últimas áreas remanescentes de floresta primária no sul da Nigéria. É considerada a casa de Osun, uma das divindades do panteão yoruba. A floresta, o sinuoso rio Osún, santuários domésticos, esculturas e obras de arte erguidas em honra de Osun orixá da fertilidade e outras divindades. A floresta sagrada, agora vista pelos yorubas como um símbolo da identidade, é provavelmente o último bosque sagrado na cultura yoruba. Ela reflete o costume, uma vez difundido, que foi estabelecer lugares sagrados longe de habitações humanas.
Anualmente na cidade de Osogbo é realizada uma festa conhecida mundialmente pelo nome "Osun-Osogbo Sacred Grove Festival" Festival de Osún onde são realizadas oferendas e presentes à Osun, no rio Osun com a participação de moradores e visitantes.
Osún esculpida em madeira (Bosque sagrado do Templo de Osún)
A popularidade do festival aumentou significativamente nos últimos 30 anos, sobretudo devido à dedicação da artista Susanne Wenger, que reconstruiu os santuários e trabalhou para obter o bosque protegido.
Um livro sobre o trabalho da artista austríaca Susanne Wenger (Graz, Áustria 1915-Osogbo, 2009), "The return of the Gods, The Sacred Art of Susanne Wenger" (O retorno dos Deuses, A Sagrada Arte de Susanne Wenger) por Ulli Beier, Londres, Cambrigde, 1975. Esse trabalho foi feito no Bosque Sagrado de Osun-Osogbo durante os muitos anos que viveu na África envolvida com a religião yorubá.
Especialistas em religiões tradicionais africanas da Nigéria dizem que o Osun-Osogbo Sacred Grove Festival de 600 anos está ameaçado.
Parte interna do Templo de Osún com imagens esculpidas de
divindades do Yorubá

Valor universal excepcional

Breve síntese

Um século atrás havia muitos bosques sagrados em Yorubaland: cada cidade tinha um. A maioria destes bosques agora foram abandonadas ou encolheram bastante para pequenas áreas. Templo de Osun, no coração de Osogbo, a capital do Estado de Osun, fundada há 400 anos, no sudoeste da Nigéria, a uma distância de 250 km de Lagos é o maior bosque sagrado para ter sobrevivido e que ainda é reverenciado.
A densa floresta de Osun o Bosque Sagrado é alguns dos últimos remanescentes de floresta primária alto no sul da Nigéria. Através da floresta meandros do rio Osun, a morada espiritual da deusa do rio Osun. Situado dentro do santuário da floresta são santuários quarenta, esculturas e obras de arte erigidos em honra de Osun e outras divindades iorubás, muitos criados nos últimos quarenta anos, dois palácios, cinco lugares sagrados e nove pontos de adoração amarradas ao longo das margens do rio com sacerdotes designados e sacerdotisas.
A nova arte instalado no bosque também diferenciou de outros bosques: Osogbo é agora o único a ter uma grande componente da escultura do século 20 criada para reforçar os laços entre as pessoas e o panteão ioruba, e a maneira em que cidades Yoruba ligadas seu estabelecimento e crescimento para os espíritos da floresta.
Muro de imagens à Osún
A restauração do bosque por artistas tem dado o bosque de uma nova importância: tornou-se um lugar sagrado para o conjunto da Yorubaland e um símbolo de identidade para o mais amplo Yoruba Diáspora.
O Grove é um local religioso ativo, onde diariamente, culto semanal e mensal ocorre. Além disso, um festival anual processional para restabelecer os laços místicos entre a deusa e as pessoas da cidade ocorre todos os anos mais de doze dias em julho e agosto e, portanto, sustenta as tradições culturais de vida do povo Yoruba.
O Grove é também uma farmácia de ervas naturais que contém mais de 400 espécies de plantas, algumas endêmicas, das quais mais de 200 espécies são conhecidos por seus usos medicinais.
Critério (ii): O desenvolvimento do Movimento da Nova Sagrado Artistas e a absorção de Suzanne Wenger, um artista austríaco, na comunidade iorubá provaram ser uma troca de idéias fértil que reavivou o sagrado Osun Grove.
Critério (iii): A Osun Bosque Sagrado é o maior e talvez o exemplo único remanescente de um fenômeno generalizado, uma vez que é utilizado para caracterizar cada assentamento Yoruba. Ele agora representa Yoruba bosques sagrados e sua reflexão de Yoruba cosmologia.
Critério (vi): A Osun Grove é uma expressão tangível do Yoruba divinatório e sistemas cosmológicos; a sua festa anual é uma resposta viva e próspera evoluindo para crenças iorubás no vínculo entre as pessoas, e seu governante a deusa Osun.
Integridade
A propriedade abrange quase a totalidade do bosque sagrado e, certamente, tudo o que foi restaurado ao longo dos quarenta anos antes da inscrição. Alguns dos recentes esculturas são vulneráveis ​​à falta de manutenção regular que dado os seus materiais - cimento, ferro e barro - poderia levar a problemas de conservação potencialmente difíceis e caros.
O bosque, também é vulnerável ao excesso de visitar e visitante pressão que poderia corroer o equilíbrio entre os aspectos naturais e as pessoas necessárias para sustentar as qualidades espirituais do sítio.
Autenticidade
Orixá Osún esculpida às margens do rio Osún
A autenticidade do bosque está relacionada com o seu valor como um lugar sagrado. A natureza sagrada de lugares só podem ser continuamente reforçado se essa santidade é amplamente respeitado. Nos últimos quarenta anos, as novas esculturas no bosque tiveram o efeito de reforçar as qualidades especiais do bosque e dando-lhe de volta as suas qualidades espirituais que imbuir-lo com um elevado valor cultural.
Ao mesmo tempo, as novas esculturas são parte de uma tradição longa e continuada de esculturas criadas para refletir Yoruba cosmologia. Embora sua forma reflete uma nova partida estilística, as obras não foram criados para glorificar os artistas, mas sim através de seu tamanho gigante e intimidadora formas de restabelecer a sacralidade do bosque. As novas esculturas atingiram o seu objectivo eo bosque tem agora mais largo do que um significado local como um lugar sagrado para o povo iorubá.
Requisitos de protecção e de gestão
O bosque foi declarado primeiro Monumento Nacional em 1965. Esta designação original foi alterado e ampliado em 1992 para proteger toda a 75 hectares. A Política Cultural da Nigéria de 1988 refere que «o Estado deve preservar como monumentos antigos muralhas e portões, locais, palácios, templos, edifícios públicos, promover edifícios de importância histórica e esculturas monumentais". Sob o Uso do Solo Act de 1990 o Governo Federal da Nigéria conferida tutela do bosque para o Governo do Estado de Osun.
Imagens esculpidas dentro do Bosque Sagrado 
O Bosque tinha um plano de gestão bem desenvolvida que cobre o período 2004 - 2009, que foi adoptado por todas as partes interessadas e o site goza de um sistema de gestão participativa. O Governo Federal administra o site através de um administrador do site da Comissão Nacional de Museus e Monumento como habilitada pelo Decreto 77 de 1979 Osun Governo do Estado contribui igualmente para a sua protecção e gestão através de seus respectivos governos locais, ministérios e paraestatais, que também estão habilitadas pelos decretos estaduais para gerir monumentos estaduais.
Responsabilidades tradicionais da comunidade e ritos culturais são exercidas através da Ataojá (Rei) e seu Conselho - o Conselho do Patrimônio Cultural Osogbo. Há atividades tradicionais que têm sido usados ​​para proteger o local de qualquer forma de ameaças, como as leis tradicionais, mitos, tabus e costumes que proíbem as pessoas de pesca, a caça, a caça ilegal, abate de árvores e agricultura.
Os adoradores tradicionais e devotos manter o património imaterial através de espiritismo, adoração e simbolismo. Existe um comité de gestão composto por todos os quadros das partes interessadas, que implementa as políticas, ações e atividades para o desenvolvimento sustentável do site.
Atual Ataojá (Rei) de Osogbo
Templo de Osun Bosque Sagrado, também faz parte do Plano Mestre Nacional de Desenvolvimento do Turismo, que foi criado com Organização Mundial de Turismo (OMT) e Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD). O festival anual de Osun Osogbo terá de ser melhor gerido para que o site não vai mais sofrer os impactos negativos do turismo durante o festival.
O Bosque também servirá como um modelo de herança Africano que preserva os valores tangíveis e intangíveis das pessoas Osogbo em particular, e do povo Yoruba inteiras. Como uma fonte de orgulho para eles, o Grove continuará a ser um património vivo próspera que tem pontos de referência tradicionais e um verdadeiro meio de transferência da religião tradicional e sistemas de conhecimento indígenas, aos povos africanos na diáspora.

Imagem esculpida em madeira dentro do bosque sagrado em reverência á Osún


Fontes:
Unesco - Bosque sagrado de Osún em Osogbo
Wikipédia - Templo de Osún

sábado, 7 de novembro de 2015

Orixá Obá e a guerra entre o a Direita e a Esquerda


Orixá Obá é a rainha da nação de Elekô (antiga cidade leste de Oyó) e que teve seu culto destruído na África após o ataque que o Aláfín de Oyó fez no século XIX, destronando assim toda a cidade de Elekô transformando-a numa província de Oyó onde hoje situa-se a cidade de Ila.
Obá teve como grande mentor em sua vida seu pai que a ensinou a lutar e a se defender. Obá é filha de Ananí, este sendo até então o rei de Ekô. Ananí se casou com Iyemowo e com ela gerou uma criança, Ananí acreditava ser um menino, então antes do nascimento, Ananí comprou vários adornos de guerreiros como espada, escudos, armaduras, elmos e lanças, tudo na esperança de que seu filho nascesse e fosse um grande guerreiro conquistador de terras para que um dia reinasse sobre a terra de Ekô. Mas Iyemowo ficou pensativa e saiu da situação, foi atrás de um babálawô como era de costume para as mulheres gestantes irem á um adivinho saber o sexo do bebê. Mas ao chegar ouviu a forte notícia de que a criança em sua barriga não era um menino mas sim uma menina. Iyemowo ficou desesperada pois sabia como Ananí ficaria se soubesse que na verdade sua criança era uma menina, então, quando chegou a sua casa disse à Ananí que era um menino e que Okanran-Mejí estava dando boas energias pera esse nascimento. No dia de seu nascimento, foi para o mar onde teria seu "filho" mas antes de qualquer parto, era necessário um sacrifício para as mães feiticeiras Iyá-Mí Ajés, caso o contrário, a criança nasceria e seria devorada por elas rasgando a barriga da mãe e como Iyemowo esqueceu de fazer os preceitos não deu outra, quando Obá nasceu, logo as Iyá-Mí enfurecidas com o desfeito de Iyemowo, foram para cima de Obá para devora-la e depois rasgaria a barriga de Iyemowo e seu útero seria servido aos abutres, mas Iyemowo lembrando do preceito do nascimento, rapidamente com efún, wají e dendê pintou a menina e com o pombo branco arrancou-lhe a cabeça e deu o sangue à cabeça de Obá, assim, as bruxas não puderão fazer nada em respeito a Obá devido a Iyemowo ter feito o preceito ao nascer das crianças, porém, Iyemowo não havia feito o preceito de antes que protegeria não só sua filha, mas a sí própria, então as Iyá-Mí partiram para cima de Iyemowo arrancando-lhe os úteros e servindo-os aos seus abutres. Iyemowo ficara praticamente morta mas não podia deixar que sua filha ficasse ali, então encantou rapidamente Obá com a folha de Aderun (folha dos cultos de Obá) e a enrolou em panos sedosos e com sacrifício caminhou até Ekô para deixar sua filha à seu marido Ananí. Ao chegar, Iyemowo deixou Obá em cima do trono do rei e veio a cair no chão morta e toda ensanguentada. Ao chegar, Ananí vira sua esposa e rainha morta ao chão e seu "filho" deixado em cima de seu trono, Ananí ficou enfurecido com a morte de sua esposa e foi atrás de um babalawo para saber o ocorrido e este lhe falou que sua esposa não havia feito o preceito às bruxas Iyá-Mí e então foi a pena para quem não faz o sacrifício à elas. Ananí ficou enfurecido e jurou se vingar da morte de sua esposa contra as feiticeiras. Ananí pegou um ódio mortal por elas, e consequentemente, um ódio fatal pelas mulheres devido as Iyá-Mí serem mulheres e zeladoras de seus cultos. Ananí mandou suas tropas matar todas as mulheres de seu reino, matando até as crianças e jovens moças que estavam ali crescendo. Ananí não se continha em puro ódio e para se vingar, queria exterminar todas as mulheres do mundo para que o culto das Iyás fossem enfraquecido e assim ele poderia vingar a morte de sua esposa, então, acreditando que seu filho fosse um homem, lhe deu o nome de Obánani e lhe ensinaria toda a arte da guerra para que se tornasse um grande rei e ajudasse a vingar a morte de sua mãe. Assim, com os passares dos anos, Obá cresceu como homem, vestindo-se como homem, andando como homem e agindo como homem. Obá realmente acreditava ser um homem pois, como não havia mais mulheres no reino de Ekô, não sabia diferenciar homem de mulher. Obánani se tornou forte e o melhor dos guerreiros, impiedoso e valente, nada e ninguém emplacava sua força, e com suas tropas e força, conquistou vários reinos para seu pai Anani que o admirava com orgulho vendo o filho tão forte e bravo. Obanani não distinguia o que era amor, não distinguia o que era atração e muito menos o que era paixão, seu amor era a guerra, sua maior atração era a morte e sua paixão era sua espada, nada escapava das lâminas de Obanani.

Certo dia, foi ordenada à Obánaní destruir um reino próximo de Ekô que foi designado por seu pai a destruição e monopolitização de Ekô nesta terra, esse reino se chamava Irê, a terra do orixá Ogún, o mais conquistador de todos os orixás e também grande ferreiro e ferramenteiro irmão de Oxóssi, o rei de Ketú. Obánaní seguiu com as ordens e pôs a marchar para a terra de Irê. Ogún sentiu um frio e como mágica Exú, o mensageiro dos orixás apareceu, lhe dizendo que uma forte tropa estava a caminho de Irê e que esta tropa era liderada por uma mulher. Ogún desacreditado das palavras de Exú, foi se consultar com um babálawo, este lhe dizendo que era realmente uma mulher a líder da tropa e que seu nome era conhecido em toda a parte, sendo venerado como o "Deus" da guerra e que Ogún não tinha chance alguma contra essa vitoriosa guerreira. Ogún perderia o embate e em consequência, perderia o título de Deus da guerra. Ogún ficou enfurecido com aquilo, "como uma mulher poderia vence-lo?" e como ele poderia perder para alguém, Ogún era indestrutível e sua força insuperável. Então Ogún perguntou ao babálawo como poderia contornar a situação, e como no culto Iorubá se trabalha com Darma e não com Karma, o babálawo lhe recomendou servir um cabrito, um saco de búzios e 13 galos à Exú, que este lhe faria o feito para vencer o embate e continuar com o título e então, assim Ogún fez o ebó e dado à Exú, cumpriu com seu papel dando-lhe tudo o que o babálawo recomendou. No dia seguinte, Obánani chegou ás terras de Ogún e com sua forte tropa partiu para cima de Ogún, este que já sabia do plano de Exú, levou a batalha para somente um canto da cidade, bloqueando as outras entradas e saídas com pedras e falsos arbustos espinhosos e venenosos. Só havia um caminho, só havia uma entrada e era a mesma da saída, e então Ogún encurralou Obánani onde era de local marcado. O embate havia começado e Obananí estava com sangue nos olhos para cima de Ogún, quase o matando com poucos golpes e Ogún assustado com tamanha força e ainda desacreditado que poderia ser mesma uma mulher. Chegando no local, Exú jogou sobre o chão um ensopado de quiabo gosmento e escorregadio no local, onde nenhum ser conseguiria parar em pé e com a luta se travando, Ogún passou do local, esperando do outro lado Obánaní atacar quando de repente, Obánaní escorrega e não consegue se levantar, era a poça de quiabo que Exú jogara a mando de Ogún. Assim Ogún foi tirar a dúvida de que era realmente uma mulher, então como Obánaní estava impossibilitada de contra-atacar, Ogún despiu Obánaní e com seus próprios olhos, viu que era realmente uma mulher, neste exato momento, Ogún assediou Obánani, deixando-a completamente derrotada e desdonzelada por Ogún. Pensou Ogún: - "Que melhor forma existe vencer de uma mulher senão à assediando"... Assim Ogún prendeu Obánani em seu reino e a obrigou casar-se com ele. Obanani não entendia nada do que havia ocorrido, e nem sabia do que se tratava daquilo que ocorreu quando estavam no chão, vendo seu órgão sexual tão diferente da do seu oponente, e também reparara que havia peitos diferentes das quais seu oponente tinha. Obánani então se questionou e Ogún lhe respondera:

 - " Oras Obanani, eres uma mulher, não reparou em seu corpo não?... e nem no meu?...sou seu marido de agora em diante e irei destronar o reino de vosso pai e ter você como troféu. "

Orixá Ogún
Obanani que ainda não entendia nada, continuara ali sem entender nada, então para ela foi chamado um babálawo e este lhe explicou tudo o que havia acontecido no passado e tirado todas suas dúvidas. Obananí não acreditara no que ouvia, e com raiva e ódio, queria sair de lá a todo custo com um ódio infernal dos homens, tanto que por pouco quase mata o babálawo mas Obananí estava fraca e enjoada, sentindo-se cansada e com fortes contrações em sua barriga. Obá foi levada a um curandeiro do local, este dissera que Obanani não tinha doença alguma, Obananí estava grávida de Ogún. Assim com ódio do que houve, não queria ter o filho de Ogún e muito menos carregar uma criança consigo por semanas até nascer, Obanani desconhecia aquilo. Então Obananí fugiu do reino de Ogún se escondendo na floresta. Obanani estava fraca, estava doente e faminta, pôs se a correr atrás de um cervo mas como não tinha habilidade alguma com caças, Obananí não conseguiu abater o animal, deixando-o escapar. Olhando do alto da árvore estava Oxóssi, o rei de Ketú e Deus da caça, que a tudo observava. Oxóssi comecara a rir e descendo da árvore, com um simples atirar, num segundo o animal caiu morto no chão com uma flecha no pescoço. Obanani vendo Oxóssi, o reconheceu como homem e foi para cima dele, mas logo foi travada por ele, pois, com um veneno paralisou Obanani por alguns instantes. Oxóssi curou Obananí, e lhe revestiu com peles de bichos para que não sofresse frio e nem picada de mosquito. Obánaní quando voltou a se mexer viu como Oxóssi era diferente dos outros homens que só a abusavam e a enganavam a vida toda. Então Oxóssi a alimentou e lhe deu um arco e flecha, ensinando-a a caçar para que não dependesse de ninguém. Por tempos Obánani viveu no reino de Oxóssi aprendendo com ele e com Ossaíyn, divindade das folhas liturgicas, a arte da caça, da pesca e do cultivo a terra, porém Obananí queria se vingar do pai, então saiu de Ketú e se pôs as terras de Ekô, onde era terra de seu pai. Obá voltou após meses, e seu pai Ananí estava preocupado com o "filho" que teria ido à guerra contra Ogún. Obanani estava com muito ódio e clm raiva de seu pai. Este com nenhum dó de sua filha Obánaní, disse-a que sempre soube que era mulher e que desde que virou "mocinha", aquele carinho que fazia nela a noite era assédio sexual e então Obanani com mais ódio ainda, arrancou sua espada e cortara a cabeça de seu pai sem misericórdia alguma, Obananí grávida e sozinha lutou contra o reino todo que só havia homens, e sozinha venceu um por um sem recuar, ser hesitar, apenas com ódio e raiva no peito por ter sido enganada, ter sido assediada, ter sido treinada como homem, matou e matou mais e mais soldados de Ekô não deixando sobrar um, ficando sozinha com todos os corpos dos homens jogados mutilados no chão. Obánaní entrou num depressão profunda e por dias caída no chão quase morreu novamente e seu filho no ventre prestes à nascer. Exú contara à Ogún que sua esposa estava em Ekô e quase morta, então Ogún foi até lá encontrando-a no chão quase morta e com vários corpos mortos de soldados a seu redor. Obanaí havia se lavado de sangue. Ogún levou sua esposa para Irê e lá ela foi tratada e protegida. Obananí acordara e deu a luz a seu primeiro filho que na verdade era menina, esta sendo filha de Obá com Ogún. Obá ainda sentia raiva dos homens, e tentou mais uma vez matar Ogún, quando este expulso-a de seu reino pois não queria que houvesse aquilo que havia ocorrido em Ekô, deixando sua filha a seus cuidados e aos cuidados de sua primeira esposa Oyá.

Xángô e Obá
Anos depois, Obánaní havia se recuperado. Vivendo sozinha ela estava, pois, havia aprendido com Oxóssi a se virar, então por anos treinou sozinha, e preparou sua tropa com mulheres que eram abandonadas por seus maridos, ou assediadas ou mal-tratadas e formou um grupo de amazonas guerreiras e caçadoras, esta que após ter tido forças o suficiente, voltou a Ekô e destronou o atual rei da sua antiga cidade, não deixando nada para trás, criou uma maçonaria somente de mulheres, onde iria juntar todas as mulheres e se opor aos homens do mundo. Obánaní subiu ao trono de Ekô e foi titulada pelas amazonas somente como "Obá" que significa rainha. E reconstruiu seu antigo reino a renomeando como ÈLÉKÒ que significa "Nova Ekô" e tomando seu lugar por direito ao trono como rainha e soberana daquele reino sendo Obá chamada assim também como ÉLÈKÒ com a letra "E" do meio acentuado para trás, que significa "Senhora de Elekô" ou também como ÉLÈKÒ ÁDJÁOSÍ que significa " A senhora de Elekô guardiã da esquerda" (Esquerda era o nome dado ao poder feminino para os Nagôs, enquanto o poder masculino era chamado de Direita) assim, ficando como " Senhora de Elekô guardiã do poder feminino",esta era Obá. Porém, com todo esse grande poder que estava recebendo a sociedade de Obá, as outras Iyágbás (orixás fêmeas) começaram a adotar sua ideia e junto à Obá fizeram sua sociedade mais forte ainda, e como um grande apoio, havia um dos grande símbolos do poder feminino, a Orixá Oxún, ninfa d'água e rainha de Oxogbô que com todo seu poder uniu forças com Obá para destruir o poder masculino e junto a todas as Iyágbás, Obá e Oxún estavam prestes a tomar o poder do mundo para elas tirando dos orixás fúnfúns (que eram também masculinos) e dos Obóros (orixás masculinos) o controle maior do mundo. Então se iniciou o plano de atacar e reabilitar o poder à elas. Exú ouviu tudo, e no conselho da Direita, junto à todos orixás masculinos, Exú contou à Orúnmilá todo o plano de Obá e Oxún e precisavam arquitetar um plano para que não fossem destronados pelo poder da Esquerda, assim Orúnmilá tinha uma grande vantagem, podia usar seu oráculo e odús para adivinhar o futuro e viu que se nada fosse feito, o poder da Esquerda dominaria tudo. Então Orúnmilá teve como resposta de seu Oráculo uma ideia para manter tudo em equilíbrio, e manter o poder feminino e poder masculino em equilíbrio para que o mundo não fossem destruído, pois, era todo um conjunto e como Orúnmilá disse," todos os opostos servem para manter o equilíbrio. Já viu dia sem noite?...preto sem branco?...orun sem aiyê?... não podemos deixar o mundo em desequilibrio", então se iniciou um plano,  plano este que era necessário alguém seduzir Obá e te-la como esposa para que tudo fosse consertado, mas precisava de alguém para bota-lo em prática mas nenhum orixá topou em conquistar Obá e te-la como esposa. Ogún negou dizendo que já havia casado com Obá e que iriam se matar. Oxóssi disse que tinha Obá como amiga e que não conseguiria fazer algo assim com ela. Obáluwaiyê dissera que desse jeito não aguentaria, pois era muito agressivo. Ossaíyn e Oxúmarê se mantiveram calados enquanto os outros empurravam um para o outro a responsabilidade. Assim Exú se pronunciou e dissera que o único que conseguiria levar esse plano à frente era Xángô, pois, Xángô tinha várias mulheres de todos os tipos e somente ele, um grande rei poderia tomar as forças da poderosa Obá e reverter a situação. Então o plano foi colocado em ação, e Xángô precisava conquistar Obá, assim Exú deu suporte e os dois foram ao encontro de Obá, que ao chegar, vendo a rainha Obá se banhando no rio, Xángô chegou todo carinhoso e jogando seu charme para Obá que, ao ve-lo se assustou e já iria empunhar sua espada para um corte rápido e certeiro, porém, Xángô  foi gentil e delicado e com calma e belas palavras, adoçou a amazona Obá. Esta sendo durona, ainda continuava mulher, então seguindo o conselho de Orúnmilá de que tinha que ir no ponto fraco de qualquer mulher, Obá sentiu pela primeira vez o amor, esta imediatamente se apaixonando por Xángô, tendo com ele vários casos de romance, assim o plano corria forte e cordial e era necessário afastar Obá de Oxún para que a intervenção da Esquerda não ocorresse. Ao longo do tempo, Obá foi amando cada vez mais Xángô e se entregando à seus caprichos, assim Xángô e Obá tiveram uma filha, esta chamada de Opará e que seria símbolo da união de Obá e Xángô. Então o plano continuava a correr, e Xangô sabia que poderia ataca-las na culinária. Durante anos, Xángõ criou uma rivalidade entre as duas, sabendo de todas as vinganças que uma faria contra a outra para não perderem o amor de Xángô. Assim, Exú se encarregava de contar uma para outra o que poderia fazer, e como Oxún poderia atacar Obá e vice-versa. Assim começou:

Oxún corta o rabo do cavalo branco de Xangô e culpa Obá.
Obá x Oxún
Obá coloca brasas no tapete de Oxún e esta queima os pés.
Oxún esconde a pedra do raio de Xangô e culpa Obá por roubo.
Obá tenta matar o filho de Oxún afogado, Logún-Edé.

E nisso por tempos continuavam e continuavam, até que um dia precisava ser decisivo, então, Orunmilá dissera a Xangô que o final seria na culinária, e que Oxún iria brigaria com Obá e naquele dia as duas iriam se opor para que depois unissem forças para não atacarem o lado da Direita, pois, na verdade Orúnmilá queria que Obá conhecesse o lado bom da vida que é amar e ver que não era necessário guerra, e foi o que ocorreu, Oxún e Obá brigaram, mas Xangô não sabia que isso ocorreria em um de seus pratos prédiletos chamado o Amalá, prato que liga toda a ancestralidade de sua família, então Xangô viu a orelha de Obá no Amalá e inconsequentemente sem pensar expulsou Obá de seu reino, a exilando das terras de Oyó devido a um ato tão sujo e desrespeitoso contra todo seu povo e sua dinastia, assim Xángô havia quebrado o plano, e Obá invés de sentir amor pelos homens, sentiu mais ódio ainda, então desabrigada voltou para a floresta com ódio dos homens e que voltaria a Elekô para unir forças e destruir de uma vez o poder masculino do mundo. Mas Obá ficou triste com o que ocorreu, ficou desiludida de amor por Xangô e sentiu a pior dor que um ser possa sentir, a dor do amor! Essa dor foi tanta que Obá saiu pelas estradas sem rumo, sem ver onde estava indo e todos que entrassem em sua frente, Obá cortava com sua espada sem razão ou motivo. Foi para a floresta, chorou tanto que de suas lágrimas criou o Rio Obá, e por ali Obá ficou. Obá procurava pelo único ser que se importou com ela, este era Oxóssi, então Obá caminhou por dias na floresta atrás de Oxóssi mas não encontrava, somente se eoncontrando com Ossaíyn. Este por sua vez assustado em ver Obá, disse-lhe o que ela estava fazendo ali, então Obá disse que procurava por Oxóssi e que arrancaria fora a cabeça de Ossaíyn se ele não contasse. Ossaíyn disse-a que encontraria Oxóssi mandando seu pássaro sagrado chamado Ipesán procura-lo pela floresta. Ossaíyn cuidou de Obá a todo momento curando-a com o sumo das folhas e raízes porém Obá não confiava em nenhum homem a não ser em Oxóssi, então durante esse tempo, Ossaíyn ficou a merce de Obá com uma espada apontada em seu pescoço, qualquer movimento suspeito à Obá, ele seria decapitado. Passado algumas horas, Oxóssi chegou e Obá se desmanchou aos braços do caçador. Oxóssi já sabia do ocorrido e ajudou Obá novamente. Deixando-a viver com ele de novo e a aprender coisas novas. Por um bom tempo, Obá viveu com Oxóssi e ficou sendo praticamente o lado feminino de Oxóssi. E Oxóssi sem perceber, consertou o que Xangô não fez, ele fez com que Obá não quisesse  se vingar dos homens e que ficaria o equilibrio entre homem e mulher no mundo sem que havesse disputas entre as Iyágbás e os Obóros. Assim Obá mudou muito seu conceito, e descobriu que seu verdadeiro amor sempre foi Oxóssi, pois o que é mais forte que o prórpio amor, é o companheirismo que existe entre um ser e o outro, sem companheirismo não tem amor, não paixão, não tem carinho e não tem união. Temos sempre que pensar na ajuda mútua e ambígua, para que se haja harmonia.
Após certo tempo, Obá voltou a conhecer o mundo e a liderar sua grande sociedade feminista. Obá para sempre se lembrara de Oxóssi e todos os Obóros agradeceram à Oxóssi pelo feito, tanto que deram a ele o direito de ser o símbolo do equilibrio e junto à Xango, sinônimo de vida, de força e de prazer. Que por coincidência ou não, se tornaram sinônimo de Candomblé no mundo todo. O Ofá (arco e flecha) de Oxóssi e os Oxés (machados de dois lados) de Xángô.

Oxóssi e Obá

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Casamento no Candomblé

Para quem quer um casamento indissolúvel.

Esta cerimônia tem início três dias antes do dia da Festa, dia marcado, onde estarão presentes convidados, família, etc.
Aos noivos e aos dezesseis padrinhos é obrigatório o uso de roupas brancas sendo que só os padrinhos é dado o diretio de traje de gala gravatas, salto alto e etc
Aos noivos é dever estar com os pés no chão, roupas simples, o mais humilde possível sem maquiagem, bijouterias ou perfumes.
Podem se casar noivos heteros ou não, sendo que a religião une o espírito, a matéria deverá ser maior de dezoito anos.
Crianças são aceitas como padrinhos a partir de sete anos de idade.
Casais do mesmo sexo é proibido vestirem-se de roupas contrárias ao que são, exemplo:
homem vestirem-se de mulher e mulher vestirem-se de homens.
A parte secreta de cerimonia é dito apenas aos noivos que guardarão a sete chaves como guardam seus maiores segredos.
O casamento no Candomblé é muito complexo, exige tempo de preparação e execução. para justamente ser indissolúvel.

OBS: Esta cerimônia pode ser secreta, ou aberta ao público, isso dependerá da escolha dos noivos. Essa é uma parte da cerimônia, a outra é restrita.
Esta cerimonia na África é feita e realizada pelo Orixá do local, como narra Pierre Verger, em Oyó quem celebra é Xángô, em Ilexá, Osogbo e ijimú é Oxún, em Ilobú é Erinlé, em Ketú é Oxóssi, em Egbádo é Yewá e assim por diante de orixás do culto regional, porem no Brasil como tem diversificado os orixás, o ritual matrimonial do Candomblé é celebrada pelo Babá ou Iyálorixá da casa, e realizada em presente Oxolúfan e Iyemanjá, o pai e a mae de todos, com as bençãos de Oxún a dona do amor, dando total estabilidade ao casal, aos padrinhos e aos convidados, e presente tambem nessa cerimonia o orixá do celebrante, obs: o celebrante terá que está acordado e uma pessoa do mesmo orixá do celebrante estará rodada e vestida para o concentimento do orixá do zelador (a), ex: se o zelador for de Ogún, um Ogún deve estar vestido na cerimonia, se caso for um dos orixás da cerimonia ( Oxalá, Iyemanjá, Oxún) não há necessidade de ter outro vestido.
A cerimonia é linda e tradicional ao culto do Candomblé, tendo como vista a junção dos espiritos, por isso não há preconceito algum sobre o sexo do casal. Cantando as cantigas ( Oríns ) de Oxún para abençoar o casamento e por final as de Oxalá e Iyemanjá.

Porque não usar preto no Candomblé

Vestir Preto no culto aos Orixás

No candomblé dos anos 50, 60 e até 70, uma pessoa que chegava à porta de um candomblé vestida de preto, era sempre repudiada
Por aquela comunidade, e pedia-se para a pessoa se retirar. Quando a pessoa se negava a sair era entendido como um afronta
a Oxalá Pai de todas as cabeças por antecipação.

Vestir preto em uma saída de Iyawo é mesma coisa que dizer que o dono casa não sabe fazer o que esta fazendo.

Vestir preto em uma festa de 7 anos é a mesma coisa que dizer; não estou de acordo com esse titulo (oye).

Vestir preto em um funeral é desejar que aquela alma não tenha paz pela eternidade…

Vestir preto em um Ikomojade é desejar má sorte para criança

Vestir preto no dia a dia é afirmar se intimo de Iya mi Osoronga!!!

Vestir vermelho é dizer em alto e bom som!!! Não tenho medo das mães feiticeiras, por isso uso sua cor.
No itan de Bábà Ofuru, onde conta se que ele foi praguejado por Iya mi, e é por isso que entre uma saia branca e outra é obrigado a usar um faixa preta de tecido.
Para lembra lo de sua vergonha!!!!
Igual a Sango que usa um conta branca no pescoço para lembra lo de um desrespeito a Oxalá!
Nos dias de hoje isso tudo esta sendo desrespeitado pelo mais novos, que acreditam estarem sendo desrespeitados pelos mais velhos.
A cor negra é pertencente ao orixá Ikú ( a morte ), e usar preto no culto do Candomblé é a reverencia a Ikú e ao intimo culto das Yá - mi, podendo atrair essas manifestações para o tal, ocorrendo fatalidades e desavenças se não bem trabalhada, por isso o Luto dentro do Candomblé não é o Preto, e sim, O Branco.
É literalmente a morte dos Nagô!!!

Desembarcações de navios negreiros no Brasil


Existiram vários portos onde se houveram as desembarcações dos navios negreiros no Brasil. Muitos africanos sendo tirado de vários países do continente africano divididas em dois povos originários do norte e outro do sul, esses sendo os Sudanenses e os Bantos. Entre os países, se houve muitos deles que tiveram seus povos arrancados por colonizadores europeus para serem levados ao Brasil como escravos, países como Angola, Guiné-Bissau, Nigéria, Benim, Congo, Moçambique,Costa do Marfín, Serra-Leoa e Togo. Estes foram desembarcados em pontos extraordinários de cais e portos feito pelos colonizadores portugueses, e em muitos deles, vários negros escravos foram deixados onde hoje são capitais e metropolitanas brasileiras. Como cita-se abaixo, os escravos foram retirados de seus países oriúndos e deixados em costas de cidades brasileiras até então, nomeadas como províncias de capitanias-hereditárias do século XV:

Salvador ( Bahia ) - Foram desembarcados praticamente todos navios negreiros do tráficos, estes sendo de: Angola, Congo, Nigéria, Benim, Costa do Marfín, Serra Leoa, Togo, Guiné-Bissau e Moçambique.

São Luís ( Maranhão ) - Houveram-se desembarcações vinda de Benim, Togo, Costa do Marfín, Serra Leoa, Nigéria, Congo e Moçambique.

São Paulo ( São Paulo ) - Houveram-se desembarcações vinda de Nigéria, Benim, Congo, Angola e Costa do Marfín.

Rio de Janeiro ( Rio de Janeiro ) - Houveram-se desembarcações vinda de Nigéria, Angola, Congo e Moçambique.

Porto Alegre ( Rio Grande do Sul ) - Houveram-se desembarcações vinda de Angola, Congo, Benim e Nigéria.

Recife ( Pernambuco ) - Houveram-se desembarcações vinda de Benim, Togo, Costa do Marfín, Serra Leoa e Nigéria.

Muitas dessas desembarcações foram feitas ao passar do tempo colonial e da diáspora negra, entre as principais, somente quatro eram as rotas, estas seriam Recife (PE), Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ) e São Luís (MA). Mas, com o tempo passando e o lucro dos tráficos aumentando, foram inclusas mais portos para o tráfico, estes sendo São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS). Não se estruturando só nisso, houveram depois várias cidades que começou a negociar os escravos para seus colonizadores e, sendo assim, outras capitais aderiram os escravos para seus serviços, como é o caso de Belo Horizonte (MG), Vitória (ES), Paranaguá (PR), Belém (PA) do antigo Grão-Pará, Goiânia (GO) e Bauneário Camboriú (SC). Províncias e capitais adicionando o trabalho escravo como atividades secundárias, já que para as cidades litorâneas eram de capital economica a pesca e venda, e para as cidades do interior a agricultura ou a agropecuária.

De onde vieram os negros para o Brasil

Os negros escravos que vieram para o Brasil saíram de vários pontos do continente africano: da costa ocidental, entre o Cabo Verde e o da Boa Esperança; da costa oriental, de Moçambique; e mesmo de algumas regiões do interior. Por isto, possuíam os mais diversos estágios de civilização. O grupo mais importante introduzido no Brasil foi o sudanês, que, dos mercados de Salvador, se espalhou por todo o Recôncavo. Desses negros, os mais notáveis foram os iorubas ou nagôs e os jejes, seguindo-se os minas. Em semelhante estágio de cultura encontravam-se também dois grupos de origem berbere-etiópica e de influência muçulmana, os fulas e os mandês. Mais atrasados do que o grupo..sudanês estavam os dos grupos da cultura chamada cultura banto, os angolas, os congos ou cabindas, os benguelas e os moçambiques. Os bantos foram introduzidos em Pernambuco, de onde seguiram até Alagoas; no Rio de Janeiro, de onde se espalharam por Minas e São Paulo; e no Maranhão, atingindo daí o Grão-Pará. Ainda no Rio de Janeiro e em Santa Catarina foram introduzidos os camundás, camundongos e os quiçamãs.

Os bantos encontravam-se na fase do fetichismo - adorando árvores e símbolos toscos, no sistema da propriedade coletiva - com uma rudimentar organização de família - e do governo patriarcal.
Dos portos onde os negreiros desembarcavam, os negros eram, depois de vendidos, transportados para as fazendas do interior. De Recife, eles chegavam até Alagoas; do Rio, eram levados para Minas e São Paulo; de São Luís do Maranhão, atingiam o Grão.Pará; e de Salvador, todo o Recôncavo.

Importar escravos negros era uma atividade rendosa para os portugueses. Os próprios reis africanos ou os chefes de tribos ofereciam à venda prisioneiros de guerra ou pessoas de seu próprio povo (por vingança). Têm-se notícias que na Bahia chegaram até princesas africanas como escravas.
Capturados nas mais diversas situações, como nas guerras tribais e na escravização por dívidas não pagas, os primeiros escravos africanos provinham de Angola e Guiné e eram transportados nos chamados ‘navios negreiros’. Esses navios, destinavam às cidades do Rio de Janeiro, Salvador, Recife e São Luís, e delas eram transportados para as regiões mais distantes. Durante as viagens, muitos escravos morriam em decorrência das péssimas condições sanitárias existentes a bordo, e pela super lotação. Quando desembarcavam em solo brasileiro, os escravos eram vendidos em mercados conhecidos. Os mais fortes e saudáveis eram os mais valorizados.
O comércio de escravos era tão importante, que a cidade de Tombuctu, (hoje no Mali), chegou a ser uma das mais prósperas da África Ocidental no século XVI, porque era um entreposto deste tráfico e movimentava grande quantidade de dinheiro.

Durante a ocupação de Pernambuco, a aquisição de mão de obra escrava tornou-se imperativa para o sucesso da colonização holandesa. Os holandeses passaram a importar escravos para trabalhar nas plantações. A Companhia das Índias Ocidentais começou a também a traficar escravos da África para o Brasil.

Para o Brasil, vieram escravos iorubás, daomeanos, hauçás, tapas, mandingas, angolanos, nagôs, congos e moçambicanos. Na maioria das vezes, os escravos eram adquiridos através do escambo, isto é, trocados principalmente por tabaco, rapadura e cachaça.

Quanto as funções que exerciam, existiam três tipos de negros:
1. escravo de eito (usados na agricultura ou na mineração),
2. escravo do ganho (exerciam ofícios e prestavam serviços a terceiros mediante remuneração para o seu proprietário)
3. escravo doméstico (exerciam os trabalhos domésticos).

Em Minas Gerais, conforme estimativa de 1831, um terço dos domicílios urbanos possuía escravos. ‘A escravidão negra era amparada por um amplo consenso nacional, que incluía o Estado, a igreja católica, a elite e a plebe. ’

Em 1628 no Brasil já existiam 30.000 escravos.

O comércio atlântico de escravos na América

O comércio de escravos no Atlântico ou comércio transatlântico de escravos, também chamado de tráfico negreiro, ocorreu em todo o Oceano Atlântico entre os séculos XVI e XIX. A grande maioria dos escravizados que eram transportados para o Novo Mundo, a maior parte pela rota de Comércio Triangular, eram membros de povos da África Ocidental, nas partes central e ocidental do continente, vendidos por outros africanos ocidentais para os comerciantes de escravos da Europa Ocidental ou capturados diretamente pelos europeus.

O número de pessoas trazidas foi tão grande que, antes do final do século XVIII, os africanos que vieram por meio do comércio de escravos tornaram-se os mais numerosos imigrantes do Velho Mundo tanto no Norte quanto no Sul da América. Uma quantidade muito maior de escravos foi levada para a América do Sul em relação ao norte. O sistema econômico do Atlântico Sul era centrado na produção de culturas de commodities e produtos têxteis para vender na Europa. Aumentar o número de escravos africanos trazidos para o Novo Mundo foi crucial para os países da Europa Ocidental que, nos séculos XVII e XVIII disputavam entre si a criação de impérios ultramarinos. O comércio de escravos é às vezes chamado de Maafa por estudiosos afro-americanos, o que significa "grande desastre" em suaíli. Outros, como Marimba Ani e Maulana Karenga, usam os termos Holocausto Africano ou Holocausto da Escravidão para se referir ao período.

O Império Português foi o primeiro a se engajar no comércio de escravos para o Novo Mundo no século XVI e outros logo o seguiram. Os donos dos navios negreiros consideravam os escravos como uma carga que deveria transportada para a América da maneira mais rápida e barata possível, para então serem vendidos para o trabalho escravo em lavouras de café, tabaco, cacau, açúcar e algodão, nas minas de ouro e prata, campos de arroz, de indústria de construção, corte de madeira e como empregados domésticos. Os primeiros africanos importados para as colônias inglesas eram classificados como "servos contratados" e também como "aprendizes para toda a vida". Em meados do século XVII, a escravidão tinha se consolidado como uma casta racial; os escravos negros e seus descendentes eram oficialmente uma propriedade de seus proprietários e as crianças nascidas de mães escravas também eram consideradas escravas. Enquanto uma propriedade, as pessoas eram consideradas um tipo de mercadoria ou unidades de trabalho e eram vendidas em mercados populares, ao lado de outros produtos e serviços.

Os principais comerciantes de escravos do Atlântico, ordenados por volume de comércio, foram: os impérios Português, Britânico, Francês, Espanhol e Neerlandês, além dos Estados Unidos (especialmente a região sul). Eles estabeleceram postos avançados na costa africana onde adquiriram escravos de líderes africanos locais. As estimativas atuais são de que aproximadamente 12 milhões de africanos foram enviados através do Atlântico, embora o número de pessoas compradas pelos comerciantes de escravos seja consideravelmente maior.

Muitos desses comércios negreiros eram negociados devido a baixa estima do valor do escravo, ou seja, quanto mais novo e rebusto, maior o preço. Vindo disso, muitos dos negros tiveram que trabalhar duro e fazer serviços forçados e pesados que averiguaria à necessidade de seu amo. Surgiu assim, meados do século XVIII a troca de serviços por escravos entre os colonizadores. Sendo colonizado 80% por portugueses, o Brasil ainda continha dependência total para com Portugal, o serviço era feito devido a medida do esforço na qual o negro fazia, tendo isso, muitos mercadores começaram a negociar com portugueses resintes de Portugal o serviço escravo do negro e, através de outro navio, vários negros eram levados para Europa para fazerem serviços escravos em Portugal.

Contando com a América toda, o Brasil foi o país que mais recebeu negros, vinde tal questão, não poderia ser diferente que o Brasil haveria de negociar com outros países como os Estados Unidos que fora colonizado por ingleses, com Cuba que fora colonizado por espanhois e com a Guiana que fora colonizada por franceses ( não havendo ainda o tratado de divisão das Guianas ). Sendo assim, muitos negros foram negociados entres esses países e muitos deles haviam de levar trabalhos escravos e seus esforços suados, mesmo que em toda a América havia trabalho escravocráta, o Brasil continha a maior porcentagem de negro tráficados de todas as américas, e isso, com certeza pesava para os portugueses pousados no Brasil.



Os negros no Brasil colonial

A participação dos negros no Brasil Colonial aconteceu a partir do momento em que a experiência colonial portuguesa estabeleceu a necessidade de um grande número de trabalhadores para ocuparem, em princípio, as grandes fazendas produtoras de cana-de-açúcar. Tendo já realizada a exploração e dominação do litoral africano, os portugueses buscaram nos negros a mão de obra escrava para ocupar tais postos de trabalho.
Foi daí que se estabeleceu o tráfico negreiro, uma prática que atravessou séculos e forçou diversos negros a saírem de seus locais de origem para terem seus corpos escravizados. Além da demanda econômica, a escravidão africana foi justificada pelo discurso religioso cristão da época, que definiu a experiência escravocrata como um tipo de “castigo” que iria aproximar os negros do cristianismo.
Em terras brasileiras, a força de trabalho dos negros foi sistematicamente empregada pela lógica do abuso e da violência. As longas jornadas de trabalho estabeleciam uma condição de vida extrema, capaz de encurtar radicalmente os anos vividos pelos escravos. Ao mesmo tempo, a força das armas e da violência transformavam os castigos físicos em um elemento eficaz na dominação.
Durante a exploração colonial, a mão de obra negra foi amplamente utilizada em outras atividades como na mineração e nas demais atividades agrícolas que ganharam espaço na economia entre os séculos XVI e XIX. Mesmo destacando tais abusos, também devemos sinalizar a contrapartida desse contexto exploratório, com a presença de várias formas de resistência à escravidão.
As rebeliões eram realizadas a partir das articulações dos escravos e, em diversos relatos, aparecem como uma preocupação constante dos senhores de escravo. Paralelamente, as fugas e a formação de quilombos também se tornaram práticas que rompiam ativamente com o universo de práticas que definia o sistema colonial. De tal forma, vemos a presença de uma resposta a essa prática que cristalizou o abuso e a discriminação dos negros em nossa sociedade.
Do século XV ao século XIX, a escravidão foi responsável, em todo o continente americano, pelo trânsito de mais de 10 milhões de pessoas e pela morte de vários indivíduos que não sobreviveram aos maus tratos vivenciados já na travessia marítima. Ainda hoje, a escravidão deixa marcas profundas em nossa sociedade. Entre estas, destacamos o racismo como a mais evidente.

Fonte: Mundo Educação