quarta-feira, 4 de novembro de 2015

As sondosas Iyá-Mí...Quem são elas???? E quem são os denominadores do existir????

Você com certeza já ouviu falar de Iyá-Mí Oxorongá não é? e com certeza já ouviu falar sobre seu poderes e seu misticismo vertente que até arrepiou a espinha não?


Pois bem, Iyá-Mí deriva de um culto vindo da África às grandes mães ancestrais, estas chamadas de Iyá-Mí Oxorongá, a palavra Iyá-Mí significa " Minha mãe " e quando é dita Iyá-Mí Ágbás quer dizer " Minhas mães ancestrais ou antigas ". Toda mulher, seja qual for, carrega consigo um pouco do poder dessas feiticeiras dos olhos dourados, é o poder feminino dito em cada mulher pois, é Iyá-Mí a grande protetora e detentora desse poder.
Iyá-Mí é mais que isso, é a geração da vida, é a própria gestação, é a criação, é o crescer e viver em cada um de nós, o poder das águas vem delas, pois, são elas as grandes mães que criam e zelam pelas águas, fato, que todas as Iyágbás do panteão tem ligação com a água, como Nanã com a lama ( água e terra ), Iyewá com a chuva, Oxún com os rios, Iyámonjá com rios e mares, Iyobá com rios revoltosos e grandes represas, Oyá com o rio Níger e com o ar que contém particulas de água, Osupá com a lua, a grande mestra das águas, feiticeira e dominadora, Olossá com os lagos, Opará com as quedas d'água, Olokún com o oceano ( divindade feminina ) e demais entidades femininas que também são ligadas á água.
Quando foi criado a terra, Olorún ( Deus supremo ) enviou sete Iyá-Mí's para o solo, três pousaram na árvore do bem-fruto, três pousaram na árvore do mal-fruto, e a sétima que fica de uma árvore para a outra, em equilíbrio com as duas, Orúnmilá-Ifá, o grande adivinho, perguntou as Iyá-Mí's o que trazeriam para terra e de qual forma mostrariam o seu caminho, e as bruxas em forma de demonstrar, a sétima pousou na jaqueira, esta então chamada de Iyá Opáoká, porém, esta ficaria de uma árvore para a outra.
As Iyás também podem vir em forma de peixes com escamas, o que demonstram vida e fertilidade, tal dado pelos ovos de peixes em grande abundância, também em forma de corujas, corvos, abutres e ás vezes com anú, podendo ser temida e respeitada ao mesmo tempo. Sua concentração de magia é tão grande, que Iyá-Mí uma vez que fez o sangue jorrar, a tornou vermelha, e com o ossún fez uso dela, tal fato que o vermelho simboliza as feiticeiras, somente quem adentra em seus cultos e ritos podem usar o vermelho, sendo que o branco é a família de Obatalá ( o poder masculino ) e o wají representa a cor preta, sendo este Exú, Obatalá é o de cima, Iyá-Mí a de baixo, e Exú é o meio com o Ogó ( ferramenta em forma de pênis que usa para magias ) de barro na mão, sendo o núcleo, aquele que circula as energias e que predomina incessantemente sobre elas, por isso, Exú é vertente em todos cultos, o que cabia à Orúnmilá-Ifá ser o dominate entre os odús, grande mago branco, também seria aquele que dominaria os destinos e suas predestinações, e é em Ifá que encontramos previsões e visões da vida e da morte.
São os três poderes dos sangues Fúnfún, Dúdú e Pupá sobre o Áiyê e o Orún, assim, se denominaria demais divindadades, como Ogún, Oxóssi, Omolú, Oxún, Iyansã, Xángô e Iyámonjá, das quais através de Egúngún, os grandes mestres da ancestralidade trazeria os mistérios com intuito à Irokô.
Desmistificando as Iyá-Mí não só como bruxas maldosas e sanguenárias, mas, também como zelosas mães e criadoras de todos os seres.
Meus respeitos às Iyá-Mí's, mulheres feiticeiras da vida e da morte que á tudo gerou e cuidou!! Mò Júgbá!!

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