terça-feira, 24 de novembro de 2015

Xauê - O patrono dos guerreiros

Nkissi Xauê

Nkisi Xauê ou Nxae é a divindade patrona dos Jinkissi guerreiros. Divindade cultuada na Angola no leste de Loanda e no sul de Mukongo. Xauê é velho e grosseiro, tido para muitos o verdadeiro Nkissi da guerra e das contendas, sua força emana embates e lutas das quais matam povos e muito sangue é derramado. Esse Nkissi foi deixado um pouco de lado depois da diáspora negra devido muitos dos seus adeptos terem sido mortos e escravizados, e muitos sacerdotes desse Nkissi eram velhos que para o senhores de terras não faria serventia alguma, então foram mortos ou espancados até a morte.
Xauê é muito agressivo, então muitos pais e mães de santos da nação Angola preferem não iniciar ninguém para este Nkissi, fazendo no lugar um Nkissi mais próximo e um pouco mais benevolente, este sendo Nkossi ou Mavambo, assim, durante os anos, muitos foram perdendo a verdadeira forma de culto deste Nkissi por medo de sua fúria e destruição vasta, e substituindo as pessoas desse Nkissi por Nkossi, fato que Nkossi ficou mais conhecido do que Xauê, o qual poucos escutam falar. Mas, ainda é possível encontrar rezas e zuelas (cantigas de louvação) à essa divindade, e muitos ainda iniciam este Nkissi na cabeça de pessoas, tendo o conhecimento ainda arcaico dessa divindade para de haver ainda um culto à ele.
Na mitologia Bantu, Xauê é o grande patrono dos guerreiros pai de Nkossi e Nangê que foi casado com Mikaia e mais tarde com Nzumbá tendo um filho com ela chamado de Katú. Sua personalidade arredia e agressiva lhe valeu o apelido de valentão, e muitos temiam a força de Xauê por sua brutalidade e braveza, então Xauê era muito solitário por ser muito esquentado, assim ninguém beirava e ninguém ousava desafiar Xauê. Certo dia foi desafiado por Karamose, a Nkissi do poder feminino e da guerra, Xauê ficou irritado e ousou desafiar Karamose para o embate, diferente do que muita gente pensam, Xauê perderia o combate, vencendo somente com o auxílio de Nkossi, onde se tornou excepcionalmente o senhor da guerra. Há uma certa semelhança com a lenda yorubá do embate de Ogún com Obá, onde Ogún venceu de Obá com a ajuda de Exú, mas neste caso, venceu com a ajuda do próprio parceiro de campo chamado de Nkossi sem o envolvimento de Njila que seria o Exú para os bantus.
A cor de Xauê é vermelho lembrando o fato de se banhar de sangue, e suas vestimentas também são o vermelho com o verde-escuro ou azul-marinho, usa duas espadas e carrega uma lança nas costas, quando manifestado se comporta de forma agressiva e não pode ser a nenhum momento questionado ou tocado de forma agressiva ou desrespeitosa, caso isso ocorra, este Nkissi se inquizila de imediato e a pessoa em prol é castiga com um acidente de trânsito ou atacado por armas de fogo ou branca, de forma que não fique vivo ou com fortes sequelas no corpo, Xauê não visa que castiga, este castigando até o próprio sacerdote ou sacerdotisa da pessoa na qual imcorpora.
Suas atribuições culinárias é com muito azeite de dendê e peincipalmente inhame, e só pode ser acalmado com mel.


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