quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Oxún - A ninfa d'água

Orixá Oxún

DIA: Sábado ou Quinta-Feira
CORES: Amarelo – Ouro
SÍMBOLO: Léque com espelho (Abebé)
ELEMENTO: Água Doce (Rios, Cachoeiras, Nascentes, Lagoas)
DOMÍNIOS: Amor, Riqueza, Fecundidade, Gestação e Maternidade
SAUDAÇÃO: Òórè Iyè Iyè Òh Òsún! ( Mãezinha cuidadosa, Oh Oxún! )

Na Nigéria, mais precisamente em Ilexá, Ijebu e Oxogbó, corre calmamente o rio Oxun, a morada da mais bela Iyagbá, a rainha de todas as riquezas, a protetora das crianças, a mãe da doçura e da benevolência. Filha de Orúnmilá-Ifá com Iyemonjá, é bastante cultuada também nas terras de Efan onde recebe o nome de Oxún-Okê, filha de Oxalá Olokê o Deus da montanha.
Generosa e digna, Oxun é a rainha de todos os rios e cachoeiras. Vaidosa, é a mais importante entre as mulheres da cidade, a Ialodê. É a dona da fecundidade das mulheres, a dona do grande poder feminino.
Oxun é a deusa mais bela e mais sensual do Candomblé. É a própria vaidade, dengosa e formosa, paciente e bondosa, mãe que amamenta e ama. Um de seus oriquis, visto com mais atenção, revela o zelo de Oxun com seus filhos:
O primeiro filho de Oxun chama-se Ide, é uma verdadeira jóia, uma argola de cobre que todos os iniciados de Oxun devem colocar nos seus braços.
Oxun não vê defeitos nos seus filhos, não vê sujidade. Os seus filhos, para ela, são verdadeiras jóias, e ela só consegue ver seu brilho.
É por isso que Oxun é a mãe das crianças, seres inocentes e sem maldade, zelando por elas desde o ventre até que adquiram a sua independência.
Seus filhos, melhor, as suas jóias, são a sua maior riqueza.
Oxún é simbolo de fertilidade, de feminidade, de amor e de doçura, pois Oxún é a divindade que simboliza o sentimento mais puro de um ser humano, que é o amor maternal e fraternal. Mesmo que Oxún tenha tido certa desavença com Obá, em posições do poder feminista, tanto Obá quanto Oxún lutam juntas para defender a honra e a posição das mulheres na sociedade. Oxún também se envolveu com de mais orixás, como Exú, Ogún, Xángô, Orunmilá, Ossaíyn, Omolú, Oxumarê, Irokô, Oxoguian e Oxóssi, tendo com este último um filho chamado de Logún-Edé, o rei de Edé príncipe de Ilexá e Ketú.
Características dos filhos de Oxún
Dão muito valor à opinião pública, fazem qualquer coisa para não chocá-la, preferindo contornar as suas diferenças com habilidade e diplomacia. São obstinadas na procura dos seus objetivos.
Oxum é o arquétipo daqueles que agem com estratégia, que jamais esquecem as suas finalidades; atrás da sua imagem doce esconde-se uma forte determinação e um grande desejo de ascensão social.
Têm uma certa tendência para engordar, a imagem do gordinho risonho e bem-humorado combina com eles. Gostam de festas, vida social e de outros prazeres que a vida lhes possa oferecer. Tendem a uma vida sexual intensa, mas com muita discrição, pois detestam escândalos.
Não se desesperam por paixões impossíveis, por mais que gostem de uma pessoa, o seu amor-próprio é muito maior. Eles são narcisistas demais para gostar muito de alguém.
Graça, vaidade, elegância, uma certa preguiça, charme e beleza definem os filhos de Oxum, que gostam de jóias, perfumes, roupas vistosas e de tudo que é bom e caro.
O lado espiritual dos filhos de Oxum é bastante aguçado. Talvez por isso, algumas das maiores Iyálorixás da história do Candomblé, tenham sido ou sejam de Oxún.

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